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Pronto. A sensação da Copa também caiu na mediocridade geral. Argentina e Holanda fizeram um mau jogo que terminou com a merecida derrota dos dois por zero a zero. Há um certo consolo neste resultado do que prometia ser um dos melhores jogos da primeira fase. Partindo todos da mediocridade, aumentam as chances do Brasil.

Sempre digo que ainda não entendo bem como funciona torneira, de sorte que qualquer mecanismo mais complicado, do liquidificador ao robô teleguiado em Marte, para mim é mágica. E é claro que nem tento entender como o sistema de navegação por satélite, hoje comum em carros na Europa, não só sabe e mostra numa tela onde você está o tempo todo, e para onde tem de ir, como lhe fala isto – na língua que você escolher! Temos usado muito o sistema nas nossas andanças pelas estradas alemãs atrás da seleção. Sem ele estaríamos, literalmente, perdidos.

A graciosa voz feminina (alguns preferem uma espanhola, outros uma portuguesa que chama rotatória de "rotunda") nos diz onde virar, quanto falta para o destino e, se erramos o caminho, em vez de gritar "Errou, paspalho!" sugere, sutilmente, "Quando possível, dê a volta." Além de tudo é uma mágica bem educada.

Ontem a gentil portuguesa nos guiou até o estádio de Dortmund onde a seleção fez um treino recreativo e depois o Parreira deu uma entrevista e declarou que só revelaria a escalação do time no vestiário antes do jogo.

As especulações sobre quem joga e quem será poupado (inclusive em função dos cartões amarelos) ganharam mais algumas horas de vida, portanto. Ouvindo o Parreira falar do que vem agora, as temíveis oitavas, as assustadoras quartas e as terríveis semis, fiquei pensando que a partir do fim desta fase classificatória os times classificados estarão soltos em estradas desconhecidas sem sistema de navegação e sem qualquer possibilidade de corrigir o mal feito. A partir de agora o único caminho para quem perder é o de casa e não há portuguesa que ajude.

A partir de agora quem errar a saída da "rotunda" não tem volta.

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