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Dizem que o maior trabalho do técnico dos Estados Unidos na Copa de 50 era lembrar seus jogadores que não podiam pegar a bola com a mão. E este time dos Estados Unidos derrotou o da Inglaterra, um a zero. Foi a primeira grande zebra da história das Copas. Houve outras depois, mas foi na vitória dos americanos em 50 que pensei quando Trinidad e Tobago quase marcou (quase marcaram?), ontem, com poucos minutos para terminar seu jogo com a Inglaterra, que estava zero a zero. Seria outro choque, desta vez mais simbólico do que grotesco. Significando que não há mais zebras inimagináveis. Mas o Beckham cruzou na área, cruzou na área até que deu certo, e deste a Inglaterra se safou.

É comum nas Copas aparecer um time africano jogando um futebol de gente grande que ninguém sabe de onde saiu. Jogam com alegria, com audácia e com ingenuidade, causam sensação, nunca vão até o fim – e não voltam na Copa seguinte. O surpreendente time africano desta Copa é diferente. Para começar não é da África, é da América do Sul e se chama Equador. Também joga com alegria e audácia, mas a semelhança termina aí. Não é ingênuo. Às qualidades tropicais dos outros surpreendentes times africanos acrescentou uma disciplina tática européia, e uma certa arrogância que é só dele. Outra diferença é que este "africano" pode ir longe. Dos times de camisa amarela da Copa é o melhor até agora.

Claro que o bom futebol do Equador não é uma surpresa completa para quem o vê jogar, aí. O Equador já nos deu trabalho em eliminatórias passadas. Mas esta é a sua segunda Copa. Seu futebol atual deve ser comparado com o da sua primeira participação. E cabe a pergunta: de onde saiu essa bola toda? E essa empáfia?

A verdade é que ninguém mais é ingênuo. Com o futebol mundializado, não há mais times das metrópoles e times da periferia. Não existem mais "africanos" em nenhum continente.

A vitória de outro time amarelo, a Suécia, sobre o Paraguai foi o terceiro jogo seguido decidido no finzinho. Esta está se tornando a Copa do último minuto.

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