Premiada internacionalmente pela grandiosidade de seu talento literário, a escritora Nélida Piñon concentrou as atenções do público que acorreu terça-feira, à noite, ao Teatro Paiol, para ouvi-la em debate mediado pelo reconhecido intelectual José Castello, que, com sua sensibilidade ímpar, soube extrair de sua interlocutora impressões sobre Clarice Lispector e John Updike, respectivamente autores consagrados, com quem manteve relacionamento próximo, de verdadeiros amigos. Dos que alimentaram sua sede literária na adolescência e juventude, o escritor alemão Karl May foi relembrado com ênfase. Através da jornalista Ângela de Mello, presente ao debate, Nélida Piñon foi apresentada a um dos mais aficionados leitores do literato alemão, que vendeu 75 milhões de livros e foi traduzido para quase cem países, que é o engenheiro civil curitibano Rauli Silva. Via celular, este elucidou sobre a editora que publica a obra daquele escritor "best-seller", com quem tinha perdido os elos.
****** Na noite seguinte, quarta-feira, o Paiol tinha as suas luzes focadas em Lolo Cornelsen, ícone da arquitetura paranaense, talento perpetuado mundo afora com suas obras. Carismático e irreverente, Cornelsen atraiu um público que ia desde o ex-governador Emílio Gomes, arquitetos, estudantes, decoradores, até políticos como o presidente da Fundação Cultural, Paulino Viapiana. Na palestra, ele mostrou as casas que projetou e construiu na década de 50 e 60 em Curitiba. Foi uma viagem ao tempo, como disse Marilena Millarch. Quase um estudo social e de comportamento. Foram citadas todas as famílias que na época faziam parte do movimento modernista. Pessoas que tinham muita cultura e buscavam o novo, o que estava por. Os Paciornik, Axelrud, Ritzman, Pimentel, Kac, Moura Britto, Belotti, entre outros. Beatriz Paciornik, muito elegante, prestigiou a palestra e lembrou que Lolo, além de arquiteto, foi o primeiro designer de Curitiba a fazer móveis em série para os Móveis Paciornik.
Zimmermann na Zilda Fraletti Galeria de Arte
Presente nas mais conceituadas coleções e acervos do país, a arte supermaiúscula de Carlos Eduardo Zimmermann poderá ser vista hoje, das 10 às 14 horas, na Zilda Fraletti Galeria de Arte. Relacionando pinturas, objetos e gravuras, a mostra, além de Zimmermann, traz ao exigente público da Fraletti Galeria de Arte criações de Scliar, Siron Franco, Antônio Maia, Ênio Lippmann, Guido Viaro, Paulo Roberto Leal e Wilson Piran. Em tempo: Além da produção recente, Zimmermann exibe seu acervo particular, peças que revelam a trajetória do artista dentro do panorama nacional.
****** De férias da cozinha do Deville Rayon, a chef Mani Buffara faz um passeio pela Dinamarca. Conhece de perto as riquezas culinárias da Escandinávia, dedicando-se a um intensivo curso em Copenhagem.
****** As lentes de Manoel Guimarães clicam personagens do mundo elegante de Cuiabá, Mato Grosso, que têm suas belezas realçadas pelos pincéis do mago da estética Ronaldo Ramos.
****** Curitiba ganhando mais categoria e classe neste fim de semana, com a chegada, vindo do Rio, de Marilita Carneiro. Hoje, ela e Antônio Osório ganham jantar de Clotilde e Hélio Germiniani.
****** Maria Inês Artigas lançou em sua boutique do Shopping Novo Batel a coleção Outono/Inverno. Anotadas por lá Eliane Loyola Macedo, Lúcia Durães, Josilka Cavalcanti Albuquerque, Elvira Ramon, Suelena Rocha, Arlete Richa, Flor Andraus, Yara Maron, Vânia Dalmaz, Sueli Grossi e Júlia Paim.
****** Os requintados convites de Jota Mape, griffados pela Paul Nathan, pousando em elegantes addresses. Ele convida para a comemoração de seu aniversário, dia 13 de maio, em Goiânia no Castros Park Hotel. O almoço vai reunir cabeças coroadas do mundo tradicional goiano.
****** Presidente da Academia Paranaense da Poesia, Roza de Oliveira participa dia 11 de maio em Nova Friburgo, Rio, dos 50 anos dos Jogos Florais, evento que reúne trovadores de todo o país.
****** Cumprimentos de nova idade hoje para o arquiteto Gastão Lima.
Reflexão
"Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre."(Hebreus 13.8)
"Nunca é tarde para abrirmos mãos dos nossos preconceitos." (Henry David Thoreau)
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