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mudança de hábito

Com assistência domiciliar, idosos passam Natal em casa no Rio

Programa da prefeitura, que trata pacientes no lar, beneficiou este ano 16.115 pessoas

O Natal para uma família portuguesa será ainda mais especial este ano. Amélia Mateus Costa, moradora de Inhaúma, sempre foi uma pessoa animada e, como matriarca, comandava o preparo dos quitutes para a ceia, mesmo já idosa. No último dia 17, a mulher, de 95 anos, levantou-se de madrugada para ir ao banheiro, não pediu ajuda à filha e acabou levando um tombo. Com fratura de fêmur, ela foi submetida a uma cirurgia no Hospital Salgado Filho, no Méier. A filha, Constança Mateus Costa, de 64 anos, chegou a pensar que a mãe ficaria internada e suspendeu a ceia. Para alegria de todos, Amélia teve alta e está recebendo todos os cuidados necessários em casa, graças ao Programa de Atendimento Domiciliar ao Idoso (Padi), da Secretaria municipal de Saúde.

“Já tínhamos desistido de fazer a ceia aqui em casa. Depois da alta, mudamos o planejamento para os preparativos. Estávamos muito angustiados com a possibilidade de minha mãe ficar num hospital na noite de Natal. Agora, ela estará na companhia dos filhos, netos e bisnetos”, comemorou Constança.

Desde que foi iniciado o tratamento domiciliar, segundo a família, Amélia tem melhorado. Ela pode ter lapsos de memória, mas, sempre que reconhece a filha, fica toda feliz. E ainda está com dificuldades de comunicação. No entanto, na hora de reclamar, ela se expressa em alto e bom som.

“Isso até nos diverte”, brincou outro filho, o aposentado Joaquim Mateus Costa, de 67 anos.

O Padi tem 16 equipes, que atendem pacientes de seis hospitais de grande porte. Os grupos, multidisciplinares, têm médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, assistentes sociais, fonoaudiólogos, psicólogos e dentistas. Segundo levantamento da Secretaria de Saúde, de 2010 até o primeiro semestre deste ano, já foram atendidos 16.115 pacientes. Neste Natal, 102 idosos tiveram a chance de passar a data com a família graças à iniciativa.

O Padi presta serviços prioritariamente a pessoas a partir dos 60 anos, com doenças crônicas que necessitem de cuidados contínuos, possíveis de serem prestados em casa. O programa tem como foco a redução do tempo médio de internação e a liberação de leitos para outros pacientes.

Quem também está comemorando em dobro o Natal é a família de Valentina Rodrigues, de 64 anos. Moradora do Recreio, ela sofreu um acidente doméstico e teve lesão no tornozelo direito. Após ser operada no Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra, teve alta para ser atendida pelo Padi. O acompanhamento médico começou no dia 15, com tratamento para a lesão e outros problemas da paciente, como diabete e pressão alta.

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