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Professores da rede estadual de ensino devem fazer, na quinta-feira (28), em ato público em frente a cada um dos núcleos regionais de Educação do Paraná. A mobilização faz parte de uma campanha da categoria para que sua pauta de reivindicações seja atendida, incluindo a implantação do piso nacional do professor. Os docentes já marcaram o início da greve para 13 de março, caso o diálogo com o governo do estado não avance.

"No dia 9 de março haverá uma assembleia definitiva. Mas a paralisação só não ocorre se o governo apresentar uma proposta coerente em relação às reivindicações", disse o diretor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Luiz Carlos Paixão da Rocha.

Em Curitiba, a manifestação será realizada no São Francisco. Segundo a APP-Sindicato, como é período de aula, apenas uma comissão de professores deve participar do ato. A expectativa é de que docentes de cada região entreguem aos respectivos núcleos regionais de Educação um documento. "O ofício pede a intervenção do chefe do núcleo, para acelerar as negociações a fim de evitar a greve", adianta Rocha.

Reivindicações

Entre os itens da pauta de reivindicações, a APP-Sindicato destaca três como prioritários. Um deles é a implantação imediata do piso nacional dos professores. De acordo com a entidade, há uma diferença de 7,12% entre o que os docentes da rede estadual do Paraná recebem e o piso estabelecido nacionalmente.

A outra solicitação diz é que os professores possam dedicar 33% do período de trabalho à chamada hora-atividade (destinada a preparação de aulas e de provas, correção de trabalhos e programação pedagógica). "É um período que os professores vão se dedicar, dentro da escola, mas fora da sala de aula, a melhorar a qualidade do que é levado aos alunos", disse o diretor da APP-Sindicato.

Por fim, a categoria reivindica a formulação de um novo modelo de assistência de saúde. Hoje, os professores são atendidos por meio do Sistema de Assistência à Saúde, classificado pelo sindicato como um modelo "precário e defasado".

O sindicato também pede melhoria aos servidores das escolas. Na pauta, a APP pede que o governo reconheça a graduação e pós-graduações dos funcionários, e incorpore benefícios aos salários de acordo com a titulação.

Negociação aberta

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Educação informou que o diálogo com a categoria está aberto e o processo de negociação está ocorrendo de forma tranquila, com negociações periódicas, a cada duas semanas, em média. A pasta ressalta que todos os itens que constam da pauta de reivindicações dos professores estão sendo ponderados e analisados, inclusive, em conjunto com a categoria.

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