Com produção caseira e muita boa vontade, cinema trash faz sucesso

• 0

Wenceslau Braz – Os títulos O Exterminador de Mercenários e O Dia da Vingança estão no ranking dos filmes mais alugados nas cinco locadoras de Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro. Os dois longas-metragens foram produzidos por um grupo de atores amadores da cidade que tem verdadeira paixão pelo cinema e parte agora para a terceira produção.

Há dez anos o pintor letrista Léo Vinicius decidiu fazer o primeiro filme. O Exterminador de Mercenários não tinha apoio financeiro nem estrutura técnica, mas a idéia de fazer um longa-metragem conquistou os amigos do ator, produtor e diretor amador.

Uma câmera VHS, um roteiro com pancadaria e tiroteio e muita dedicação foram os elementos da primeira produção da trupe. Praças e colégios, além da participação dos moradores da cidade como figurantes completaram os ingredientes para tornar a filmagem um acontecimento social, o que contribuiu para criar expectativa quanto à estréia do filme. A estratégia deu certo, e O Exterminador... – exibido gratuitamente para os amigos – acabou entrando na lista dos mais assistidos da cidade.

Animados com o resultado da primeira produção, o grupo investiu em um segundo roteiro. Na mesma linha "ação-trash", O Dia da Vingança também conquistou lugar nas prateleiras das locadoras.

Este ano começaram as filmagens do terceiro longa-metragem: Os Filhos da Vingança. Segundo Ezequiel da Silva – que produz, escreve, dirige e interpreta –, este será muito melhor do que os filmes anteriores. "Embora amadores, nós adquirimos mais experiência e, principalmente, mais entusiasmo", comenta o ator, que sempre faz o papel de bandido nas histórias. "Já o Léo (Vinicius) é o mocinho, o nosso herói", completa.

Parcerias

Silva conta que a comunidade colabora com o trabalho do grupo durante as filmagens, oferecendo as locações, além de ajudar na divulgação do trabalho. As filmagens são realizadas aos sábados e domingos, pois durante a semana cada um dos cineastas amadores atua em diferentes áreas. "Não dependemos disso para sobreviver, temos o nosso trabalho. Fazemos por amor ao cinema", conclui.