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Embora tenha dito que não fará "um milímetro de movimento" para permanecer de vez na presidência do Senado, o interino Tião Viana (PT-AC) avançou mais do que alguns centímetros nessa direção. Ao pedir, no primeiro dia, os cargos dos dois principais assessores de Renan Calheiros (PMDB-AL) – o secretário de imprensa Douglas de Felice e o diretor de Comunicação da Casa, Weiller Diniz –, o petista deu o sinal. "É como se o Zé Alencar assumisse por tempo determinado e demitisse o Franklin Martins", compara um renanzista. A notícia de que já foi encomendado um mapa dos cargos comandados por Renan e José Sarney acendeu a luz vermelha no PMDB. O partido apela para que o licenciado renuncie, único meio de tirar Tião da cadeira e antecipar a eleição do sucessor.

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A conferir – Por meio de um aliado, Renan rejeitou no início da noite a possibilidade de renunciar. "Nem ao mandato nem à presidência", disse. Jogo rápido – O PMDB pressiona pela renúncia-já por avaliar que, no curto intervalo de cinco sessões até a eleição do novo presidente, o PT não teria como viabilizar um dos seus. Tião Viana, a única opção real entre os petistas, precisa da interinidade para construir a candidatura. Latifúndio – Além dos 180 cargos da presidência do Senado (em sua maioria comissionados), gravitam na órbita de Renan e de Sarney os cerca de 600 cargos do setor de comunicação da Casa. Desses, apenas 180 são ocupados por funcionários de carreira. Tenho dito – "Não há hipótese nenhuma", diz Sarney sobre a chance de suceder Renan. E na eleição seguinte, para comandar o Senado no último biênio do governo Lula? "Não há hipótese nenhuma". Com legendas – Um PhD em Sarney traduz a declaração: "Ele só vai na boa, e desta vez sabe que não haverá consenso em torno de seu nome". Termômetro – A parcela "light" da oposição, dentro e fora do Senado, avalia que a licença diminuiu a "disposição sanguinária" para cassar Renan. "Agora vai depender do Jefferson Peres", diz um cardeal tucano. O pedetista é relator do caso das emissoras. Regional – Na lista dos "demos" que devem votar com o governo na CPMF está Rosalba Ciarlini. Líder da bancada, José Agripino ameaça punir quem não acompanhar o partido, mas terá especial dificuldade em cumprir a palavra no caso da senadora, sua aliada no Rio Grande do Norte.

Ladeira acima 1 – Pesquisa feita na semana passada na cidade de São Paulo detectou 42% de avaliação ótima ou boa sobre a administração de Gilberto Kassab (DEM), que meses atrás amargava pesada rejeição. A gestão foi considerada regular por 36% e ruim ou péssima por 17%. Ladeira acima 2 – Além da escalada dos números, assessores do prefeito festejam o fato de que a avaliação atingiu patamar semelhante à do governo Serra (PSDB). A pesquisa foi feita para o partido do prefeito pelo Ipespe, do sociólogo Antônio Lavareda. Em campanha – Tucanos paranaenses distribuirão no estado adesivo com o slogan "Aécio é 10" durante as convenções regionais do PSDB, marcadas para o próximo domingo em todo o país. Cofre – O antigo Campo Majoritário do PT fará jantar no dia 24, em Brasília, a fim de levantar fundos para a campanha à presidência do PT de Ricardo Berzoini. O valor mínimo a ser cobrado no encontro deve ficar em torno de R$ 30. Santinho – Os candidatos à presidência do PT vão concentrar seus gastos no material impresso, já que as despesas com viagens e hospedagens devem ser cobertas pela direção do partido, como ocorreu na eleição interna de 2005. Na ocasião, a sigla desembolsou quase R$ 1 milhão.

TIROTEIO

* Do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) sobre o fato de os valores dos pedágios dos novos contratos serem muito inferiores aos dos fechados em São Paulo no período Covas-Alckmin e no governo FHC.

– Mais uma vez, o governo Lula adota uma política dos tucanos, com a diferença de que esses não são contratos de concessão, e sim acordos de conservação de estradas.

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