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Brasília e Belo Horizonte (AG) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluiu a reforma ministerial com a transferência do ministro da Controladoria-Geral da União, Waldir Pires, para o Ministério da Defesa, em substituição ao vice-presidente José Alencar. Pires foi cassado pelo golpe militar de 1964 e passou seis anos no exílio no Uruguai e na França entre 64 e 70.

Segundo fontes do Planalto, Lula pensou, num primeiro momento, em nomear interinamente o comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, para o cargo. Mas a suposta decisão do general de atrasar um vôo comercial da TAM, na Quarta-feira de Cinzas, para que ele pudesse embarcar com a esposa, e possíveis críticas de setores da área de direitos humanos levaram o presidente a desistir da nomeação de Albuquerque.

Debandada

No total, oito ministros deixaram o governo para disputar as eleições deste ano. O ex-presidente do PT e ex-ministro da Educação Tarso Genro será o novo ministro de Relações Institucionais, substituindo Jaques Wagner, que vai se candidatar a governador da Bahia.

"Vai ser uma tarefa difícil substituí-lo (Wagner), mas eu aceitei o convite do presidente", disse Tarso, que deixou o Ministério da Educação em 2005 para assumir interinamente o PT no auge da crise política.

Além de Wagner e Alencar, que pode ser o vice de Lula mais uma vez, outros seis deixaram o Planalto. O ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz , deixa o cargo para se candidatar a governador do Distrito Federal.

Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) deve disputar o Senado pelo Rio Grande do Sul; Ciro Gomes (Integração Nacional) tentará vaga de deputado federal pelo Ceará; José Fritsch (Secretaria da Pesca) é candidato a governador de Santa Catarina; Alfredo Nascimento (Transportes); e Saraiva Felipe (Saúde), que deverá disputar uma cadeira de deputado por Minas Gerais.

Negociação

Lula comunicou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao senador José Sarney (PMDB-AP) que manterá no Ministério da Saúde como ministro interino o secretário-executivo, José Agenor Álvares da Silva.

O presidente alegou que para a ocupação definitiva da pasta é preciso aguardar a disputa pela liderança do PMDB na Câmara. O presidente também está sendo pressionado pelo PT para que o cargo seja ocupado por Antônio Alves, atual secretário de Gestão Participativa do Ministério.

A maioria dos ministros que deixam o cargo será substituída por técnicos. Os secretários-executivos que assumem são: Pedro Brito Nascimento, da Integração Nacional; Paulo Sérgio de Oliveira Passos, dos Transportes; e Orlando Silva Junior, dos Esportes; Já os secretários-executivos Altemir Gregolim, da Aqüicultura e Pesca; José Agenor da Silva, da Saúde; e Guilherme Cassel, no Desenvolvimento Agrário, vão ocupar o cargo interinamente.

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