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O comandante do 9º BPM (Rocha Miranda), Fernando Príncipe, foi exonerado na tarde desta sexta-feira (16), depois que um menino de 11 anos foi morto em sala de aula em um Ciep de Costa Barros, no subúrbio do Rio.

Na mesma região, homens do 9º BPM faziam uma operação nas favelas da Quitanda, da Lagartixa e da Pedreira, todas perto do Ciep. A PM não confirma que a criança tenha sido atingida durante a operação, mas o comandante geral da PM, Mário Sérgio Duarte, já determinou que caso seja investigado "com celeridade".

De acordo com a assessoria de imprensa da PM, o objetivo da operação era verificar informações do Disque-Denúncia sobre criminosos que estariam nas imediações da Estrada do Camboatá e Avenida Pastor Martin Luther King.

O tenente-coronel Luís Carlos Leal, do 1º Comando de Policiamento de Área, assumirá o 9º BPM.

Mãe vai ao IML

A mãe do menino morto durante no Ciep não quis falar com a imprensa. Muito abalada, ela e o pai de Wesley Guilber Rodrigues de Andrade, de 11 anos, foram ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro, para fazer o reconhecimento e a liberação do corpo.

A mãe de Wesley, Islaine Rodrigues do Nascimento, disse que é empregada doméstica e estava trabalhando quando foi informada da morte do filho. Ela e o pai, Ricardo Freire de Andrade, chegaram ao IML por volta das 14h.

Mãe de jovem morto em confronto afirma que filho não era traficante

Na entrada do IML, sentada nas escadarias, ao lado de três familiares, uma mulher de 39 anos, que preferiu não se identificar, disse que o filho foi um dos seis mortos na operação da Polícia Militar nas favelas da Quitanda, da Lagartixa e da Pedreira, em Costa Barros, na manhã desta sexta. Ela enfatizou que o filho, Daniel Amorim da Cunha, de 19 anos, não era traficante, e que trabalhava junto com ela. A mãe do jovem também foi ao IML para reconhecer e liberar o corpo do filho.

"A gente trabalhava aos fins de semana, na produção de eventos. A maioria dos rapazes que foram mortos era traficante, mas meu filho não era. Ele estava em um lugar que foi para onde os traficantes fugiram, e acabou baleado junto com eles", contou a mãe.

Daniel deixa uma filha, que vai completar 1 ano de vida no mês que vem.

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