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Brasília – A ordem do dia divulgada ontem pelo comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, a todas as unidades da arma exalta o dia do golpe militar de 31 de março de 1964. "Esse Exército – o seu Exército – orgulha-se do passado porque nele os valores e postulados da instituição, que se confundem com os da própria nação brasileira, nasceram e se consolidaram", diz.

A ordem é propalada no dia em que o chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Waldir Pires, "cassado pelo golpe de 64", como diz a biografia dele, foi escolhido novo ministro da Defesa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na mesma nota, Albuquerque ressalta que o ocorrido há 42 anos, nesta data, "é memória, dignificado à época pelo incontestável apoio popular, e une-se, vigorosamente, aos demais acontecimentos vividos, para alicerçar, em cada brasileiro, a convicção perene de que preservar a democracia é dever nacional".

As afirmações alusivas ao choque de 1964 acontecem no momento em que o governo da Argentina pede desculpas pelo ocorrido nos anos de ditadura no país e sugere à Igreja e à mídia que façam o mesmo. Na Argentina, como no Chile, que também enfrentou uma incisão militar, a opinião pública discute formas de punição aos envolvidos nas mortes de adversários do regime ocorridas naquele período.

No comunicado, Albuquerque ressalta que "a trajetória de nosso país pós-dependência é plena de acontecimentos que contribuíram, de forma direta ou indireta, para o processo de solidificação das instituições". Para ele, "nos cenários de cada época, do Império até os dias atuais, pudemos assistir à construção de um Exército que é parcela ativa da sociedade brasileira, representado em suas fileiras por todas as camadas sociais, segmentos raciais, credos religiosos".

Albuquerque esteve na mídia há poucas semanas por ter usado seu cargo no Exército para fazer um avião da TAM, que já havia decolado, retornar ao solo para que ele pudesse embarcar.

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