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Carlos Eduardo Nunes está preso na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu pelo assassinato do cartunista Glauco | Christian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Carlos Eduardo Nunes está preso na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu pelo assassinato do cartunista Glauco| Foto: Christian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Carlos Eduardo Sundfeld Nunes está preso em Foz do Iguaçu, acusado da morte do cartunista Glauco e de ter baleado um policial federal
  • Sundfeld planejou a fuga e disse que viu Deus depois de tomar o Santo Daime
  • O assassino do cartunista Glauco parecia não se importar com o que fez e até sorria para repórteres e policiais logo que foi preso

O estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, começou a ser ouvido na delegacia da Polícia Federal (PF) de Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná, por volta das 15h10 desta terça-feira (16). Cadu, como é conhecido o jovem, é o principal suspeito do assassinato do cartunista Glauco Villas Boas e de seu filho, Raoni, na madrugada de sexta-feira (12).

Ele está sendo interrogado pelo delegado Archimedes Casão Veras Júnior, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia Seccional de Osasco, responsável pela investigação. O delegado viajou na noite de segunda-feira (15) para Foz do Iguaçu, onde o jovem está preso. Não há previsão de quanto tempo deve durar o depoimento.

O advogado de Cadu, Gustavo Badaró, chegou à sede da PF em Foz do Iguaçu às 14h55 para acompanhar o depoimento. Na chegada, o defensor disse que vai orientar seu cliente a responder todas as perguntas e colaborar na investigação. O delegado da PF Marcos Paulo Pimentel também acompanha o interrogatório. "A gente está preferindo fazer com a presença do advogado para resguardar os direitos do preso", afirmou Pimentel.

Ele acredita que podem surgir novos elementos a serem usados no inquérito que o preso responderá no Paraná – o jovem é suspeito de ter baleado um policial quando tentava fugir do Brasil pela Ponte da Amizade, na fronteira com o Paraguai. O delegado confirmou que será realizada uma reconstituição da tentativa de fuga até o fim desta semana.

"Há algumas divergências, se ele passou uma ou duas vezes na ponte", afirmou. Na reprodução simulada, policiais vão tentar verificar, por exemplo, quais seriam os alvos dos tiros supostamente disparados pelo suspeito da morte do cartunista.

Prisão

Preso em Foz do Iguaçu, Cadu está desde a madrugada de segunda (15) na carceragem da sede da PF. Após a prisão, ele estava muito agitado, mas, segundo policiais, o jovem se acalmou e passou a noite de segunda mais tranquilo.

O interrogatório desta terça, com a presença do delegado paulista, irá se concentrar na morte do cartunista e de seu filho. O suspeito já prestou esclarecimentos á PF nesta segunda. Com duas páginas, o depoimento concentra-se mais no que ocorreu após as mortes em Osasco. Apesar disso, ele confessa o assassinato de Glauco e Raoni, segundo a PF. "Ele confessou que foi responsável pelas mortes e somente isso. Não entramos muito na seara do que aconteceu em São Paulo", afirmou o delegado-chefe da PF em Foz do Iguaçu, José Alberto Iegas.

Fuga

Carlos Eduardo está preso desde o fim da noite de domingo (14), quando tentou cruzar a fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Na fuga em um carro que foi roubado na Vila Sônia, em São Paulo, ele resistiu à abordagem da Polícia Rodoviária Federal. Uma hora depois, atirou em um policial federal que tentou pará-lo na Ponte da Amizade.

Caso a polícia paulista resolva pedir a remoção do preso para Osasco, o pedido deve ser apresentado pelo delegado ao juiz do Fórum de Osasco, que, por sua vez, remeterá o pedido ao juiz federal da 2ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, que pode autorizar ou não a remoção.

Segundo o delegado Iegas, Cadu vai responder na Justiça Federal pelos crimes de tentativa de homicídio, receptação de veículo roubado e porte ilegal de arma. O estudante já tinha contra si um mandado de prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça paulista pela morte de Glauco e Raoni. Até a noite de segunda-feira (15), a Justiça Federal do Paraná não havia recebido o pedido de remoção do suspeito.

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