Comerciantes querem contratar guarda armado para evitar novos assaltos

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Cansados dos freqüentes assaltos, comerciantes do bairro Jardim Ideal, em Londrina, no Norte do Paraná, resolveram se unir para combater a ação dos bandidos. Só nos primeiros três meses de 2007, foram 15 assaltos a estabelecimentos, entre mercados, padaria, salão de beleza, bazar, sorveteria e casa de produtos veterinários.

Os comerciantes se organizaram, num grupo autodenominado Grupamento dos Comerciantes, e marcaram uma reunião para quinta-feira (31) para tentar encontrar soluções para diminuir os assaltos. Foram convidados representantes da Policia Civil, do 5.º Batalhão de Polícia Militar e um advogado.

Uma das propostas, que devem ser discutidas nesta reunião, é a contratação de pelo menos um guarda armado para fazer a vigilância na região. Para Moisés dos Santos, um dos articuladores do debate, a contratação é viável. "Seria viável pagar alguém para circular nos horários de perigo. Os comerciantes estão trabalhando presos", reclamou Santos. "Estamos isolados", completou.

Santos acredita que a presença de um guarda armado pode inibir a ação dos assaltantes. "Não chega a ser uma milícia, é pouca gente. Apenas uma pessoa de moto para poder cobrir todo o percurso rapidamente", explicou o comerciante.

Procurado pela reportagem, o porta-voz do 5º BPM, tenente Ricardo Eguedis, disse que quanto à contratação do guarda, trata-se de "uma questão de foro íntimo dos comerciantes". Sobre os assaltos, Eguedis diz que "o trabalho da polícia tem sido realizado na região". O tenente conta ainda que este trabalho será exposto durante a reunião na quinta-feira.

O delegado chefe da 10.ª Subdivisão Policial, Sérgio Barroso, disse não saber da reunião dos comerciantes do Jardim Ideal e que para fazer uma avaliação da tese da contratação do guarda armado, precisaria ter mais informações sobre a situação. "As pessoas podem tomar medidas para defender o seu patrimônio, como instalar alarme, fazer seguro. Agora contratar guarda armado eu desconheço", declarou Barroso.