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Apesar da derrota na queda de braço com a prefeitura, os comerciantes da Visconde de Guarapuava conseguiram algumas vitórias quando foi decretado o fim do estacionamento. A principal foi a desistência da prefeitura em proibir a parada de veículos entre as 7 e 14 horas de sábado. Outra foi a criação de um grupo de trabalho para analisar o impacto socioeconômico da medida e estudar possíveis ressarcimentos aos empresários. A comissão era formada por representantes da prefeitura, comércio e moradores.

Porém, passados mais de 180 dias da proibição, o grupo não chegou a nenhuma conclusão. Pior, não se reúne mais desde 12 de abril, dia do último encontro. A comissão era coordenada pela Curitiba S.A., autarquia da prefeitura responsável por promover o desenvolvimento econômico de Curitiba de forma integrada com a região metropolitana. Por meio da assessoria de imprensa, o diretor-presidente da Curitiba S.A., Juraci Barbosa Sobrinho, diz que "o trabalho não teve continuidade por falta de interesse dos próprios empresários".

De acordo com ele, na última reunião ficou definido que o presidente da recém-criada Associação dos Comerciantes da Visconde, Moisés Lanza, faria um levantamento das empresas que alegavam estar tendo grandes prejuízos e estudar o que fazer caso a caso. Nos demais casos, a comissão faria um monitoramento das lojas com base na arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). Se houvesse queda expressiva na arrecadação ficaria constatado o prejuízo. Mas nunca mais eles se reuniram e o acompanhamento não pôde ser feito porque como o ICMS é um tributo estadual, a Curitiba S.A. dependia dos dados que seriam repassados pelos empresários.

Lanza confirma que houve uma desmobilização na medida que os comerciantes se conformaram com a decisão da prefeitura. "As pessoas se desmotivaram e não quiseram mais levar adiante nem a associação, que não chegou sequer a ser oficializada. A ação que abrimos na Justiça também parou", explica.

Proprietário da loja de Fogos Lanza, o empresário diz que, no seu caso, o prejuízo foi pequeno. Apenas os clientes que faziam pequenas compras no balcão não voltaram mais. "Esse é um ano de vacas gordas para a gente. Teve festa junina com Copa do Mundo, agora emendou com eleição e logo já vem o Ano Novo. Por isso é difícil avaliar. Só vamos ter uma certeza do reflexo no ano que vem", diz. (SLD)

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