Além dos gastos de R$ 127,6 milhões previstos com a folha de pagamento, a prefeitura de Ponta Grossa está estimando para 2007 despesas de R$ 8 milhões em horas extras, R$ 30 milhões em pagamento de serviços e R$ 6,2 milhões em despesas com terceirização de pessoal. Os dados são da Comissão de Finanças da Câmara Municipal, que analisa o orçamento do ano que vem.
Os valores são considerados altos e por isso o presidente da comissão, Gerveson Silveira, deve criar, em janeiro, um grupo para analisar essas despesas. "Vamos ver qual a metodologia de trabalho, os motivos de afastamentos. As contratações levantam uma preocupação, que merece no mínimo um questionamento. Temos várias pessoas afastadas. Não se pode fazer novos concursos, essas pessoas geram hora extra e causam uma demanda social por falta de atendimento", aponta o vereador.
O secretário de governo do município, Luiz Ruiter Cordeiro, considera natural a previsão de pagamento das horas extras no orçamento. "Quando eu tenho apenas um contador que trabalha oito horas e a necessidade de complementar o trabalho dentro de um certo prazo, esse pessoal não pode parar e terei de pagar hora extra, que precisa estar no orçamento para ser constitucional", explica. Já a terceirização, aponta o secretário, é necessária quando o trabalho "envolve especificações cujos cargos que você detém não contemplam". (TB)
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