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Curitiba – O comissário Rodrigo de Paula Lima, do Boeing 737 da Gol, foi sepultado ontem por volta das 9 horas da manhã, no cemitério Jardim da Saudade, em Pinhais (na Grande Curitiba). Ele é uma das 30 primeiras vítimas a serem identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML) de Brasília. A confirmação da identidade foi feita no sábado por Vanessa, uma das irmãs de Rodrigo.

O caixão do comissário, que chegou por volta das 7h30 no cemitério, estava vedado e era identificado ao pé do esquife com seu nome completo escrito a caneta. Na cerimônia estavam presentes familiares que moram em Curitiba e região metropolitana, além de parentes de Cascavel, Mato Grosso e interior de São Paulo. No sepultamento, a família optou pela discrição: assim qumeçou as orações. Diferentemente de outras cerimônias, como a do comandante Décio Chaves Júnior que aconteceu em Brasília, no enterro não houve salva de palmas ou homenagens especiais com música. A família preferiu o silêncio.

De acordo com o irmão caçula, Rafael de Paula Lima, que concedeu uma breve entrevista à equipe de reportagem do jornal, a identificação foi confirmada após o reconhecimento da arcada dentária. Outros familiares afirmam que o crachá do comissário também facilitou na identificação.

Colegas de trabalho, com crachás da empresa, também estiveram no enterro. Emotivos, os comissários e comissárias não quiseram dar entrevista. No final do sepultamento, todos abraçados fizeram a oração final, como uma última homenagem ao amigo.

Férias

Este seria o último vôo de Rodrigo antes de suas primeiras férias, que iria desfrutar na casa dos pais. "Ele viria para cá para tirar a carteira de motorista. Havia comprado um carro novo para a família, mas só pôde usá-lo duas vezes", conta Rafael.

De acordo com o irmão, havia a possibilidade de Rodrigo não estar no vôo 1907, já que a princípio a família imaginava que sua escala de trabalho terminaria em Brasília. "Pelo que sabemos, ele foi convocado em Brasília para continuar a escala com a equipe de vôo até Manaus e só depois retornaria."

Apaixonado pela aeronáutica, o comissário era conhecido entre amigos e parentes como um exemplo a ser seguido. "Se hoje ele estivesse aqui, com certeza diria: estude para ser alguém na vida, mas seja humilde, não importa o nível social que consiga alcançar", afirma Rafael.

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