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Ciudad del Este – As campanhas de sensibilização e apoio às redes de prevenção e combate ao tráfico de pessoas e à exploração sexual na tríplice fronteira terão continuidade através de um comitê trinacional formado por membros de organizações governamentais e não-governamentais. O anúncio foi feito ontem na avaliação da Organização Internacional para as Migrações (OIM), depois de 18 meses de trabalhos em parceria com entidades de Foz do Iguaçu, Ciudad de Este (Paraguai) e de Puerto Iguazú (Argentina).

Entre as iniciativas desenvolvidas desde fevereiro do ano passado, a OIM investiu principalmente na formação dos agentes que atuam na luta contra este tipo de crime, cujo montante movimentado em 2006 chegou a US$ 32 milhões. Investigações apontam que somente na América Latina e no Caribe existem cerca de 100 mil pessoas em situação de risco. Das 241 rotas já identificadas, o Brasil concentra pelo menos 40 delas.

O tráfico de pessoas ocupa o terceiro lugar na lista dos crimes mundialmente mais lucrativos, atrás apenas do tráfico de drogas e de armas. Apesar do status e da extensão deste tipo de prática, que tem a tríplice fronteira como principal corredor, as ações de combate e prevenção ainda esbarram na falta de compromisso governamental.

Os próprios organizadores lembram que os dados não refletem a realidade porque as denúncias quase não existem e muitos dos casos acontecem internamente, sem que a pessoa deixe o país. "Algumas são vítimas e outras estão também no papel de exploradores", comenta Eugênio Ambrosi, representante regional da OIM para o Cone Sul.

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