São Paulo (AE) O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso evitou falar sobre eleição presidencial deste ano, ao participar de evento no Memorial da América Latina, no qual proferiu palestra. Apesar de ter argumentado que o fórum não era adequado para tratar de temas conjunturais, como eleição, mas provocado por debatedores, não resistiu: "Como adversários, vamos à guerra".
Para o ex-presidente, os episódios políticos que trouxeram à tona o escândalo do suposto mensalão foram "traumáticos" para a sociedade brasileira, mas as lições extraídas até o momento foram "pequenas". O ex-presidente apontou, entre as lições que o escândalo do mensalão deveria trazer ao país, a reforma do sistema político-partidário e do próprio sistema eleitoral brasileiro. "Precisamos mexer no sistema eleitoral. Está na hora das lideranças enfrentarem com força essas questões. Precisa haver coragem."
Segundo round
No Senado, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), disse no plenário, que "nunca se roubou tanto neste país, essa que é a verdade", fazendo coro a afirmações de FH publicadas na última edição da revista IstoÉ. Ele disse que a "ética do PT é roubar".
A afirmação foi feita em resposta ao líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP) que, da tribuna, havia desafiado o PSDB a comparar os oito anos do governo Fernando Henrique com os três anos de mandato até agora cumpridos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Digam o que vão fazer diferente dos oito anos! É isso que o povo está esperando", afirmou Mercadante.
O PT vai entrar na Justiça com duas ações contra FH, pedindo a condenação criminal e civil, por ter afirmado que "a ética do PT é roubar". Segundo o advogado do PT, João Piza, que prepara os processos, seu argumento central é que as declarações de Fernando Henrique "tipificam crime contra a honra do partido, dos militantes e de alguns dirigentes".
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