Brasília Numa cerimônia protocolar e com poucos convidados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a chorar, como da primeira vez, ao ser diplomado ontem à noite no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A cerimônia de diplomação, que o habilita para o segundo mandato presidencial, foi presidida pelo presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, que dois dias antes, junto com os demais membros do tribunal, votou pela rejeição das contas de campanha de Lula.
Muito rouco, sério, e com os olhos vermelhos, resultado de uma forte gripe, ele começou dizendo que essa segunda diplomação seria menos emocional que a primeira, pois a maturidade e a experiência não lhe permitiam agora a emoção.
Ontem, ele começou o discurso ressaltando o sucesso do pleito eleitoral, a rapidez das urnas eletrônicas e agradecendo os eleitores que lhe haviam dado mais um voto de confiança para continuar no comando dos destinos da Nação. Falou do desafio de acelerar o crescimento e de fazer mais esforços para se alcançar a justiça social.
Pediu a Deus que abençoasse o esforço coletivo para se venver esse desafio e resolveu falar da diferença da solenidade de hoje para a de 2003. "Todo mundo aqui está constatando que há uma diferença dessa diplomação para a primeira. Quando recebi o primeiro diploma eu estava tomado pela emoção. Quatro anos mais velho e com a maturidade que adquiri no primeiro mandato, não me permito ter esse estado emocional. Naquele primeiro diploma eu tinha um sonho, agora tenho a responsabilidade", disse Lula.
Mas em seguida, ao dizer que o povo humilde o apoiou no momento mais difícil de seu governo, as lágrimas e a voz embargada interromperam o discurso.
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