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Delegado Demetrius: falsa noção de segurança | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Delegado Demetrius: falsa noção de segurança| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Entre os crimes que envolvem crianças e jovens estão aqueles contra a honra, distorção de imagens e incitação à violência. No entanto, ameaças consideradas mais graves como pedofilia, tráfico de seres humanos e de órgãos e seqüestro também ameaçam o público infantil. Segundo o delegado Demetrius Gonzaga de Oliveira, chefe do Núcleo de Combate ao Cibercrime da Polícia Civil do Paraná, a inocência das crianças facilita o crime, pois elas caem em armadilhas, pondo a si mesmas e a toda a família em perigo. "É preciso acabar com essa falsa noção de segurança", alerta. "Os pais devem deixar de acreditar que um jovem sozinho no quarto, navegando na internet, está fora de perigo. Os riscos existem e são inúmeros."

Um dos crimes mais comuns hoje é aquele em que uma pessoa se faz passar por agenciador de modelos e incentiva crianças a tirar a roupa em frente à câmera ou enviar fotos sensuais. "Isso pode levar à publicação de fotos e vídeos que são compartilhados entre pedófilos", conta o delegado. Além da colocação do computador em lugares de grande circulação e do cuidado com o uso de câmeras, o delegado aponta o diálogo como importante passo para proteger as crianças na rede. Aprender a usar a internet e sites de relacionamento e de bate-papo também é fundamental para os pais, que podem intensificar a vigilância, programando as ferramentas de bate-papo para que as conversas sejam salvas automaticamente e acompanhando com freqüência o histórico das páginas visitadas pelos filhos.

Para a psicóloga Lídia Weber, pós-doutora em Psicologia da Família e professora da UFPR, as palavras-chave são supervisão e monitoramento. "A internet é viciante e a única maneira de proteger as crianças é limitar o acesso e acompanhá-las durante o uso. Não se deve proibir, mas estar junto", afirma.

Ao presenciar alguma tentativa de crime pela internet, a denúncia pode ser feita ao site www.safernet.org.br, ou em qualquer delegacia. "É preciso salvar e levar todas as informações possíveis impressas para que a investigação e identificação do responsável seja feita", afirma o delegado.

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