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Uma comporta de 172 toneladas se soltou da Usina Hidrelétrica de Salto Osório, localiza no Rio Iguaçu, entre os municípios de São Jorge D'oeste e Quedas do Iguaçu, no Paraná, na madrugada da última segunda-feira (26). A peça de 20,77 metros de altura por 15,3 metros de largura é uma das nove comportas da usina e as causas do acidente ainda estão sendo investigadas. A Tractebel, empresa responsável pela hidrelétrica, está providenciando a substituição temporária da comporta.

De acordo com o gerente regional da empresa, Júlio César Lunardi, a comporta de manutenção que será colocada no vão deixado pela peça que se desprendeu exige que não haja vazão naquele ponto. Para isso, está sendo realizado o rebaixamento do reservatório. "Precisamos de uma vazão mínima ou zerada na soleira do vertedouro para realizar a operação", explica. Para Lunardi, assim que a comporta for colocada, o nível da água será normalizado.

A expectativa da empresa é que até esta quinta-feira (29) seja concluído o rebaixamento do reservatório. O procedimento é monitorado por 12 equipes de biólogos, polícia ambiental, bombeiros e pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), além de um helicóptero, para evitar que peixes fiquem aprisionados em eventuais poças que se formem com o rebaixamento.

Segundo Lunardi, o acidente provocou um descarregamento de dois mil metros cúbicos de água por segundo, mas a quantidade de água não trouxe impactos ambientais, já que o vertedouro permite uma descarga total de 27 mil metros cúbicos de água por segundo. Houve um desligamento programado da Usina, mas o procedimento foi comunicado ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para que fossem feitos remanejamentos e ajustes sem prejuízo para a população.

O gerente regional da empresa afirmou ainda que o processo para a aquisição de uma nova comporta deve demorar de seis meses a um ano. A peça é personalizada e precisa ser construída especificamente para a usina.

A Usina de Salto Osório tem capacidade de produzir 1.078 megawatts, energia suficiente para abastecer três milhões de residências.

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