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Guaíra – Dar aulas no Colégio Estadual Presidente Roosevelt, em Guaíra, virou um desafio aos professores. Quando chove, a escola fica alagada. Quando faz calor, ninguém consegue ficar em sala de aula. Para completar, há os gambás, que fazem arruaça nos forros. A professora de Biologia Lílian Queli Cardoso diz que é comum encontrar urina dos animais, inclusive em cima da mesa, antes da aula começar.

Esses e outros problemas do colégio poderão ser resolvidos se a Secretaria Estadual da Educação (Seed) pôr em prática a reforma de R$ 2,8 milhões anunciada semana passada. Mas já foram tantas as promessas que professores, pais e alunos não demonstram tanta empolgação com o anúncio. A principal promessa, feita há três anos pelo próprio governador Roberto Requião em visita à cidade, até hoje não saiu da teoria.

A diretora Solange Pastio Guerini está confiante, mas admite que a comemoração só vai ocorrer quando as paredes passarem ser reconstruídas. Aí começa outra dor de cabeça: acomodar os 1.150 alunos do Ensino Fundamental e Médio dos três turnos no período em que durar a reforma, prevista para um ano. "Será um ano de transtornos, mas a gente fará o esforço para ter a escola melhorada."

Entre as obras previstas, está a construção de uma passarela da escola à biblioteca, que fica no mesmo terreno, mas separada por um muro. Para consultar o acervo, o aluno precisa sair da escola pelo portão da frente.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) tem feito campanhas e promoções para ajudar a escola com materiais, desde lâmpadas e papéis até giz. O vice-presidente da APMF, José Aparecido Oliveira, informa que a comunidade tem colaborado sempre, mas quer ver o estado fazer a sua parte. "Nossos professores e direção são heróis. Mesmo sem estrutura eles conseguem fazer um bom trabalho".

Ana Paula Andreguetti, Carla Eduarda Orlando e Ariel Augusto Christmann, todos alunos do 2.º ano do Ensino Médio, torcem para as reformas terminarem antes do fim de 2008. Só assim eles poderão desfrutar das novas instalações. "Estamos aqui desde a 5.ª série e sempre foi um sufoco estudar nesta escola", comenta Ariel. Eles dizem que já ajudaram a tirar água da sala em dias de chuva, já estudaram nos corredores ou sob árvores em dias quentes, não dispõem de laboratório de artes e o de Ciências teve aparenlhos furtados três vezes nos últimos dois anos.

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