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Atualizado às 18h33

As primeiras imagens captadas pelas 13 praças de pedágio invadidas durante o fim de semana foram analisadas nesta segunda-feira (19) pelos diretores das seis concessionárias que administram as rodovias do Paraná e pelos assessores jurídicos da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias - Regional Paraná (ABCR).

Depois de ter promovido invasões-relâmpago em nove das 27 praças de pedágio no sábado (17) - quebrando cancelas, câmeras e cabines - integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) voltaram a atacar quatro praças de pedágio no Paraná na madrugada deste domingo (18).

De acordo com a assessoria da ABCR, a intenção é identificar os líderes do movimento, para depois acioná-los na Justiça. A entidade divulgou na tarde desta segunda as imagens das câmaras de segurança das praças. Ao todo são 15 segundos, quando alguns dos "invasores" aparecem descarregando um extintor de incêndio. (Para acessar o vídeo é necessário o Windows Media Player. Clique para fazer o download)

InquéritoA Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), por meio de nota divulgada na tarde desta segunda, informou que será instaurado um inquérito policial para apurar as responsabilidades de freqüentes ações de depredações de praças de pedágio no Paraná e a forma de ação da Polícia Militar.

O documento diz ainda que a secretaria "reafirma mais uma vez que este governo respeita o direito de livre manifestação dos movimentos organizados. Entretanto, qualquer ação que coloque em risco o patrimônio de cidadãos ou a vida de pessoas será apurada com rigor pela polícia e os líderes serão devidamente responsabilizados".

PoliciamentoDe acordo com a assessoria da ABCR, a Rodonorte, assim que tomou ciência da invasão no Oeste do estado, acionou a Polícia Militar para impedir a ação do MST em suas praças, mas segundo a concessionária, o pedido de reforço policial não foi atendido.

A assessoria da Sesp informou que o inquérito também pretende investigar a possível "omissão" da PM, como cita a concessionária Rodonorte.

InvasãoSegundo a ABCR, dois grupos com cerca de 50 integrantes do movimento passaram de ônibus pelas praças da Rodonorte em São Luiz do Purunã, Ortigueira, Tibagi e Imbaú, novamente quebrando cancelas, cabines e equipamentos.

A primeira parada dos manifestantes foi em São Luiz do Purunã, na BR-277, onde um dos grupos de 50 pessoas quebrou as cancelas e liberou o tráfego durante 30 minutos. Assustados, os funcionários foram obrigados a deixar o local de trabalho.

Na seqüência, outro grupo parou na praça de Ortigueira, na BR-376, e por volta de 1h da madrugada promoveu o quebra-quebra. Ainda segundo a ABCR, eles danificaram todas as cancelas, quebraram uma cabine e computadores, esvaziaram todos os extintores de incêndio, danificaram os sistemas de pagamento eletrônico com cartão e o sistema de monitoramento do tráfego, quebrando as câmeras de segurança.

O tráfego foi liberado durante meia hora. Impedidos de trabalhar, os funcionários foram obrigados a deixar as cabines. Temendo a ação, eles se trancaram no prédio administrativo e acionaram a Polícia Civil.

Em outras duas praças de pedágio em Tibagi e Imbaú, também na BR-376, os grupos voltaram a promover vários estragos. A Rodonorte registrou os fatos em boletim de ocorrência e aguarda providências da polícia para poder acionar o MST juridicamente.

PrejuízosOs prejuízos ainda serão calculados. Em alguns casos dependem de levantamento de informações e custos para reposição e substituição de materiais nas praças.

JustiçaPara todas as praças de pedágio sob sua administração, a Rodonorte já havia obtido na Justiça ações de interdito proibitório contra o Movimento dos Usuários de Rodovias do Brasil (Murb) e também contra o MST. As ações prevêem multas para os casos de interferência na operação e segurança das praças.

Reivindicações do MSTA reportagem entrou por diversas vezes, nesta segunda-feira, em contato com o MST em Curitiba para saber quais as reivindicações do grupo para a invasão. O MST não retornou nenhuma das ligações.

Veja em vídeo mais imagens da invasão.

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