Nove das 250 linhas de ônibus de Curitiba serão compartilhadas pelos três consórcios ou empresas vencedoras da licitação do sistema de transporte coletivo. Na prática, o edital mantém o atual formato de operação do sistema, em que as 10 empresas permissionárias dividem algumas linhas de ônibus entre si. Os nove trechos serão operados pelas três escolhidas no processo licitatório porque o trajeto delas é o eixo divisor dos lotes ou porque passam pelas três áreas.
Por contrato, os consórcios ou empresas vencedoras de cada lote terão de compartilhar o transporte de mais de 500 mil pessoas por dia em 237 ônibus. Esse cálculo leva em conta somente as nove linhas compartilhadas pelas três empresas, sem considerar as linhas que serão divididas apenas entre duas das três concessionárias.
Duas linhas compartilhadas pelos três lotes são de ônibus biarticulados: Santa Cândida-Capão Raso e Centenário-Campo Comprido. Não por acaso, os dois trajetos foram usados para estruturar a divisão dos lotes. A linha Centenário-Campo Comprido é o chamado Eixo Leste-Oeste, que divide a cidade na área Norte (Lote 1) e área Sul (lotes 2 e 3). Já o trecho Sul da linha Santa Cândida-Capão Raso (na avenida República Argentina e compartilhado com a linha Pinheirinho-Rui Barobsa) divide a área Sul em duas.
As outras sete linhas percorrem os três lotes, por isso cada concessionária irá colocar parte da frota nescessária para cumprir o itinerário. Este é o caso do Inter 2 e das linhas Interbairros II, III e IV. O mesmo se aplica ao ônibus Cabral-Portão, que corta as três áreas.
Em nota, a Urbs afirma que a divisão de linhas é comum e que não há problemas operacionais no modelo. "O sistema já possui linhas operadas por mais de uma empresa e não ocorrem problemas em função disso", diz a nota.
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