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Um dos editais anteriores incentivou os participantes a inventar uma fazenda vertical na Av. Paulista em São Paulo | Arquivo/Gazeta do Povo
Um dos editais anteriores incentivou os participantes a inventar uma fazenda vertical na Av. Paulista em São Paulo| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Estudantes de arquitetura de todo o país ainda podem se inscrever para mais um concurso de projetos do paranaense – embora pouco conhecido no país – Projetar.org (http://projetar.org/saibamais). O desafio desta vez é criar um “presídio inclusivo”, um espaço de respeito aos direitos humanos dos detentos. O prêmio é de R$ 2,3 mil e o prazo final para as inscrições é 5 de outubro.

O Projetar existe desde 2013 por iniciativa dos arquitetos Caio Smolarek Dias, Laila Rotter e Rafael Reolon. O objetivo deles, conta Caio, é preencher uma lacuna de concursos do gênero no país e despertar nos estudantes o interesse por temas sociais. “Depois de concluir o mestrado em Milão e participar de alguns concursos internacionais de arquitetura, decidi reproduzir essa boa ideia no Brasil”, conta o arquiteto. “Aqui o acadêmico tem a oportunidade de colocar em prática suas ideias, sem restrições, utilizando o máximo do seu potencial criativo em vista de uma necessidade social”.

Um dos editais anteriores incentivou os participantes a inventar uma fazenda vertical na Av. Paulista em São Paulo, que poderia minimizar o desperdício e o impacto ambiental do transporte de alimentos do campo até o centro da cidade. “Os temas sociais pretendem ser uma forma de reeducar o aluno, pouco preocupados com essas causas”, explica. Outro foi “Escola do Brasil”, onde os inscritos deveriam projetar uma escola com o mesmo dinheiro gasto nas obras da Copa do Mundo de 2014.

Para ser reconhecido internacionalmente, o Projetar teve de seguir normas impostas pela ONU em concursos de arquitetura. Ao contrário do que ocorre em outros concursos no exterior, no Projetar podem participar apenas estudantes. “Acreditamos que não seria justo um profissional graduado disputar um concurso com os acadêmicos”, conta. “Além disso, todos os nossos editais são apenas ideias, a princípio, nada sairá do papel. É apenas um grande exercício criativo”, afirma Smoralek.

A avaliação dos projetos é dividida em duas etapas. Na primeira os membros do programa avaliam se o projeto que foi enviado está dentro das normas do edital para que esse não seja desclassificado. Na segunda, uma equipe de profissionais é escolhida conforme seu histórico de produção escolar, vida profissional e trabalhos ligados ao tema do edital.

O dinheiro da premiação é arrecadado com o pagamento das inscrições dos acadêmicos. “O Projetar não foi criado para ser lucrativo ou gerar renda para seus idealizadores, apenas para dar essa oportunidade para os estudantes”, finaliza Smolarek.

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