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Brasília – Depois de muita insistência e até ameaças veladas feitas ao Palácio do Planalto pelo PMDB do Rio de Janeiro, que ameaçava não votar a prorrogação da CPMF ou dividir sua arrecadação com os estados e municípios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou ontem, formalmente, o secretário de Cultura do Rio, Luiz Paulo Conde, para assumir a presidência de Furnas. Ele aceitou. Nas palavras de Conde, o presidente disse que espera um gestor para o setor, e não um técnico. "O presidente disse que não quer um eletricista na presidência de Furnas. Quer um gestor", declarou Conde, ex-prefeito do Rio, já respondendo às críticas de que ele não entende nada do setor e que pode prejudicar a estatal.

Para ocupar a função, Conde terá de ser aprovado pelo conselho administrativo de Furnas, o que será uma mera formalidade, uma vez que o presidente Lula encampou o nome dele, para descontentamento do PT do Rio e de outros setores, que esperavam que Lula colocasse na função um técnico, não um político. Sobretudo se esse político é ligado ao casal Garotinho.

Auto-elogio

Conde, arquiteto por formação, desconsiderou as críticas feitas a sua indicação: "Qualquer pessoa é criticada. Unanimidade é muito difícil", constatou, para, em seguida, fazer um auto-elogio: "Tenho competência para o cargo. O currículo da pessoa começa no dia em que ela começa a trabalhar."

O futuro presidente de Furnas contestou também informações de que o PMDB estaria disposto a obstruir a votação da prorrogação da CPMF caso sua nomeação não fosse confirmada. "É tudo mentira. Não existe pressão do PMDB."

Lula recebeu Conde em seu gabinete, acompanhado do ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner.

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