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A defesa de Élvis de Souza, que foi condenado na última sexta-feira (14) a 21 anos de prisão pela morte da universitária Louise Sayuri Maeda em 2011, deve recorrer da decisão ainda nesta semana. De acordo com o advogado Marco Antônio Germano, a família de Élvis tem até a próxima sexta-feira (21) para apresentar uma nova defesa.

No julgamento, o rapaz foi condenado por ocultação de cadáver e homicídio triplamente qualificado pelo assassinato de Sayuri Maeda, então funcionária de uma iogurteria em um shopping de Curitiba. Para o júri, os três agravantes do crime foram: motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e de assassinato praticado para encobertar o furto da loja, que segundo a Polícia Civil fora cometido pelas ex-funcionárias Márcia Nascimento e Fabiana Perpétua de Oliveira. Márcia foi condenada em 2013 a 19 anos de prisão, enquanto Fabiana ainda aguarda o julgamento.

"Eu pretendo recorrer [da decisão] para baixar a pena de Élvis, já que ela está muito acima do que deveria. Ele era réu primário e menor de 21 anos quando ocorreu o crime, além de ter confessado na época", argumenta Germano, ao afirmar que a pena do réu pode ser reduzida.

Além disso, o advogado contesta os agravantes de motivo torpe – por vingança contra Louise – e por furto da loja, já que, segundo a defesa, o último crime não foi comprovado. Élvis é apontado como ex-namorado de Márcia Nascimento.

Germano também afirma que não há razão para o réu cumprir 21 anos de prisão, porque em um outro caso semelhante, em Minas Gerais, o acusado foi condenado a 16 anos de prisão.

Relembre o caso

Louise Sayuri Maeda desapareceu em 31 de maio de 2011 depois de sair do trabalho, mas o corpo foi encontrado apenas no dia 17 de junho do mesmo ano em uma cava do Rio Iguaçu, no bairro Campo do Santana, em Curitiba.

Márcia e Fabiana foram detidas na madrugada seguinte à confirmação da morte da universitária. Já Élvis se entregou à polícia no dia 23 de junho daquele ano, mesma data em que a família fez a cerimônia de despedida e que o corpo da vítima foi cremado.

Conforme o inquérito da Polícia Civil, a razão para o assassinato foi a tentativa de ocultação de um outro crime: o de furto, que supostamente ocorrera na iogurteria e que tinha como autoras as duas ex-funcionárias.

No dia 15 de julho de 2011, a polícia fez uma reconstituição dos fatos com base no depoimento de cada um dos três acusados. No dia 6 de outubro do mesmo ano, o processo foi desmembrado devido ao pedido da defesa de uma das acusadas para realizar um exame de sanidade mental, o que poderia arrastar o trâmite de todo o processo por vários anos.

Márcia Nascimento foi condenada a 19 anos de reclusão pelo assassinato de Louise Sayuri Maeda, em 7 de agosto de 2013. Meses depois, em 14 de fevereiro de 2014, Élvis de Souza foi condenado pelo mesmo crime.

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