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O Ministério da Saúde confirmou ontem o primeiro caso no país de uma infecção conhecida como "febre do Nilo", em um trabalhador rural do Piauí. O nome da doença ocorre por ser originária do Egito, norte da África. O caso estava em investigação desde agosto, quando o paciente apresentou encefalite (inflamação do cérebro). A doença foi confirmada no fim de novembro, após a realização de dois exames sorológicos específicos para a detecção do vírus.

O ministério trata o caso como isolado e diz que investiga a forma de transmissão e como o vírus chegou ao país. Em nota, nega a possibilidade de ocorrer uma epidemia e afirma que o caso "não representa risco para a saúde pública do Piauí e do Brasil". Após os primeiros sintomas, o paciente apresentou dificuldades para andar e terá de passar por fisioterapia. Segundo a pasta, ele estava internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, em Teresina, e teve alta nos últimos dias.

Transmissão

Ainda não há confirmação de como o vírus chegou ao país. Uma hipótese é que ele tenha sido transmitido após um mosquito picar uma ave contaminada e, em seguida, transformar-se em vetor da doença. O vírus é transmitido por mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex.

Segundo a pasta, outros países, como Estados Unidos, já apresentam relatos da doença. Uma das possibilidades é de que o vírus tenha chegado ao país por uma ave migratória, por exemplo.

Cerca de 80% dos casos em humanos não apresentam sintomas, de acordo com o Ministério da Saúde. Apenas 20% dos casos apresentam sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, fadiga, dores de cabeça e dores musculares ou articulares, e menos de 1% dos humanos infectados ficam gravemente doentes, sendo que a maioria dos casos graves acomete idosos.

Os sintomas graves incluem febre alta, rigidez na nuca, desorientação, tremores, fraqueza muscular e paralisia. As pessoas gravemente afetadas podem desenvolver encefalite ou meningite (inflamação das membranas do cérebro ou da espinal medula).

Ainda segundo o Ministério, não existe tratamento específico para a febre do Nilo. O paciente fica hospitalizado em observação para suporte e controle de novas infecções.

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