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Juiz dá prazo de 48 horas para fazenda ser desocupada

O juiz da 3.ª Vara Cível de Ponta Grossa pediu a prisão do comandante do 1.º Batalhão da Polícia Militar (PM) de Ponta Grossa e do comandante geral da PM, caso não seja cumprida a ordem de reintegração de posse de uma fazenda na cidade.

Segundo o juiz, desde 2005 a PM estaria ignorando a ordem de desocupação da fazenda alegando que não tem meios para retirar as 200 famílias que estão na área. Nesta segunda-feira (16 de abril), o juiz deu um prazo de 48 horas para que a ordem seja cumprida e se isso não acontecer será aplicada uma multa diária, além de ser pedida a prisão do comandante do 1.º Batalhão de Ponta Grossa e do comandante geral da PM.Leia reportagem completa

Sem-terra desocupam prédio do Incra, que pode atender reivindicação

Após um dia de ocupação, manifestantes sem-terra deixaram a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília, no início da noite desta segunda-feira. Esta foi a exigência da direção do órgão para que houvesse negociação. No encontro com os líderes do MST e da Contag, o presidente do Incra, Rolf Hackbart, acenou que pode vir a trocar o superintendente do órgão no Distrito Federal, Renato Lordello, uma das reivindicações dos manifestantes.

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O Paraná apresentou em 2006 um aumento preocupante de casos de famílias que foram violentadas, ameaçadas e intimidadas pelos grupos armados a serviço do latifúndio - as chamadas milícias armadas. No ano passado, foram contabilizados 764 casos - um aumento de 23,22% se comparado com as 620 famílias em 2005, e de 48,92% na comparação com 2004. Estes dados fazem do Paraná o 3.º (atrás apenas do Pará e da Bahia) no número de famílias vítimas das ações das milícias armadas.

Os dados, que concluem que o Paraná está entre os estados brasileiros com maior número de conflitos no campo no Brasil, fazem parte do estudo da violência no campo em 2006 apresentado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) nesta segunda-feira em Brasília.

O estudo mostra que, no ano passado, foram 1.657 casos de conflito em todo o Brasil - índice que apresenta queda de 11,91% se comparado com 2005. Houve também um crescimento de 2,63% no número de assassinatos. Em 2006, 39 pessoas foram assassinadas. Em 2005, foram 38.

No Paraná, o caso de conflitos no campo aumentou pouco - de 92 casos em 2005 para 95 em 2006. O número representa 5,73% do total de conflitos registrados em todo o Brasil. Foram 76 registros de conflito de terra no Paraná no ano passado - número que deixa o estado na nona posição.

Em 2006, em todo o Brasil, houve um aumento de 176,92% das tentativas de assassinato em relação a 2005. Em 2006 registraram-se 72, enquanto no ano anterior foram 26. O número de prisões sofreu um significativo aumento em todo o Brasil. De acordo com os dados do estudo, o índice subiu de 261, em 2005, para 917 os trabalhadores presos em 2006 - um crescimento de 251,34%.

Número de prisões aumenta no Paraná

No Paraná o salto no número de prisões em 2006 foi de 57% - se comparado com o ano anterior. Foram 55 casos no ano passado e 35 em 2005. O índice aponta o Paraná como o 4º estado com maior número de prisões (atrás do DF, ES, PA). O estudo ressalta que desde 2000 a CPT não registrava um número tão elevado de prisões de trabalhadores/as rurais no estado paranaense.

Aumentou também no estado, o número de casos de trabalho escravo no Paraná. Foram cinco casos em 2006 envolvendo 64 trabalhadores e um em 2005 - dos cinco casos, quatro aconteceram na região metropolitana de Curitiba. O estudo destaca ainda que em todos os casos, as empresas autuadas estão ligadas ao agronegócio da madeira.

Paraná lidera no número de acampamentos em todo o Brasil

Os índices de acampamentos e ocupações apresentaram queda de 25,56% e 12,13% em 2006. Apesar da queda, o Paraná registra o maior número de acampamentos, 13 no total, envolvendo 1225 famílias. No que se refere às ocupações, o Paraná é o quinto (atrás do PE, SP, PA, e BA) com 25 ações.

O estudo da CPT coloca ainda o Paraná no topo do ranking no conflitos por água. Em 2006 foram registrados 45 conflitos por água no Brasil, destes seis aconteceram no Paraná e envolveram de cerca de 1773 famílias.

"Impunidade mantém a violência no campo", conclui estudo

A impunidade, segundo a CPT, é que mantém a violência no campo. De 1985 a 2006, registraram-se 1.104 ocorrências de conflitos com assassinato. Nestes conflitos morreram 1.464 trabalhadores. Destas ocorrências somente 85 foram levadas a julgamento. Foram condenados 71 executores e somente 19 mandantes.

A assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que vai se interar do estudo e se manifestar, sobre os casos que lhe compete, nesta terça-feira.

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