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  • Fiscalização da prefeitura de Matinhos termina em confusão na Praia Mansa de Caiobá
  • Moradores e veranistas reclamam da ação da Polícia Militar no tumulto de domingo em Caiobá
  • Houve muita discussão e tumulto. Veranistas afirmam que foram agredidos pela Polícia Militar

Uma confusão entre veranistas e policiais militares na Praia Mansa de Caiobá deixou pelo menos três pessoas machucadas por volta das 15 horas deste domingo (17). Segundo moradores, o confronto teria acontecido porque um carro da prefeitura apreendeu todo o estoque de um vendedor de verduras sem alvará, mas com uma licença para trabalhar na orla.

A apreensão dos produtos do vendedor Gilberto Alves de Almeida, o "Giba", como é conhecido, e que há 20 anos trabalha no Litoral, revoltou veranistas e moradores, que teriam feito um protesto pacífico. "Ele estava trabalhando e me mostrou toda a sua documentação: alvará da temporada passada, contas de água e luz e o título de eleitor", diz Isabela Carstens, cuja família tem casa em Caiobá há três gerações e que teve a mãe e o irmão envolvidos no tumulto.

"Por que não podemos comprar o que passa em frente a nossa casa e tem qualidade", questiona Isabela. Para ela, faltou bom senso ao fiscal da prefeitura. A reivindicação dos moradores era de que os produtos do verdureiro fossem devolvidos e que ele pudesse acertar a situação com a prefeitura na segunda-feira (18). "Não queríamos que o vendedor fosse prejudicado e ele comprovou a residência dele no Litoral", diz. Nesta segunda-feira (18), Almeida vai até a prefeitura de Matinhos para regularizar a situação. "Nem quero retirar os produtos. Só quero trabalhar e tenho esse direito", diz o vendedor.

Até este momento, a situação estava sob controle. A confusão começou quando seis viaturas da Polícia Militar (PM) e algumas motos da Força Verde chegaram ao local. De acordo com veranistas, enquanto a Força Verde procurava contornar a situação, a PM agiu com truculência. Dois policiais chegaram a sacar as armas. Algumas pessoas foram atingidas por spray de pimenta e até crianças ficaram machucadas. O veranista Eduardo Reale Carstens foi enforcado com um cassetete ao defender a mãe, Miriam Carstens, de 69 anos, que é moradora de Matinhos. "Eu vi os policiais ameaçando prender a minha mãe. Apenas me coloquei entre eles e pedi para não mexerem com ela quando um policial me deu uma gravata pelas costas", relata.

Entre os moradores, a maior revolta foi pela maneira que a Polícia Militar tratou os moradores e veranistas. "Durante a temporada, essa foi a primeira vez que uma viatura de polícia passou pela nossa rua e quando achamos que os policiais devem nos proteger, somos agredidos por eles", conta Isabela.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar disse apenas que os policiais não sacaram as armas e que alguns deles foram agredidos. A assessoria não soube afirmar quantos seriam os policiais feridos e nem a gravidade das lesões.

Já a prefeitura de Matinhos informou, por meio da assessoria de imprensa, que apenas na segunda-feira (18) pela manhã falará a respeito do assunto, porque ainda não houve tempo de reunir todos os envolvidos.

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