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McCarthy: autor de "A Estrada" vendeu a máquina de escrever que comprou em 1963 por 50 dólares. | Divulgação
McCarthy: autor de "A Estrada" vendeu a máquina de escrever que comprou em 1963 por 50 dólares.| Foto: Divulgação

Em São Paulo, 210 obstáculos estão no caminho dos aviões

Brasília – Torres de comunicação, postes de luz, hospitais, igrejas, casas e edifícios, muitos edifícios, estão entre os perigos no caminho dos aviões que chegam e saem centenas de vezes por dia de São Paulo. A lista, publicada no Diário Oficial na última terça-feira, relaciona 210 obstáculos a pousos e decolagens, com tamanhos que ultrapassam as normas de segurança estabelecidas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Dcea).

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Número de vítimas identificadas chega a 95

O Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo identificou, até as 18h20 de ontem, 95 corpos de vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM no Aeroporto Internacional de Congonhas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o corpo de Marcelo Peres Marthe, 32 anos, foi o último a ser reconhecido. Ele era coordenador de Negócios da Basf em São Bernardo do Campo (SP).

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São Paulo – Uma pane burocrática envolvendo Infraero, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Ministério da Aeronáutica marcou ontem a reabertura da pista principal do Aeroporto de Congonhas, interditada desde o acidente com o Airbus da TAM. A liberação da pista foi anunciada às 12h20 pela Infraero. Cinco minutos depois, veio um aviso dos militares da torre de controle de vôo para que as operações de pouso e decolagens fossem suspensas outra vez. Alegaram a falta de um documento chamado Notice Air Man (Notam), que alerta pilotos e outros funcionários sobre as operações de pista. A Aeronáutica só autorizou a reabertura às 14h43. Nenhum órgão assumiu a responsabilidade pela confusão.

O último Notam emitido fazia referência ainda ao fechamento da pista, logo depois do acidente, que completou ontem 11 dias. Para que as operações pudessem ser retomadas, a Infraero deveria encaminhar primeiro à Anac um pedido de substituição do Notam. A Anac, por sua vez, repassaria o pedido ao Ministério da Aeronáutica. "Nós entregamos a pista. Agora o problema é deles", disse ainda pela manhã o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira.

No meio da tarde, a Aeronáutica repetiu que a responsabilidade pela emissão do documento era da Infraero e que a reabertura da pista às 12h20 foi irregular.

A pista voltou a fechar, uma segunda vez, entre 16h40 e 16h57. O pedido veio da Infraero, que junto com técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) queria vistoriar as obras já feitas de "grooving" (ranhuras que ajudam a escoar a água da chuva) na pista principal. De acordo com a Infraero, o "grooving" já foi colocado em 120 metros de pista, no trecho central e nas extremidades das pistas 17 (Campo Belo) e 35 (Jabaquara). Até o fim dos trabalhos, a pista principal será mantida em operação apenas em dias sem chuva.

Por coincidência, o primeiro vôo a pousar na pista principal também partiu de Porto Alegre (origem do vôo JJ 3054 que explodiu na terça-feira da semana passada), era um Airbus 320 (o mesmo do acidente) e operado ainda pela TAM. Ele pousou às 12h23 com 75 passageiros a bordo, para uma capacidade total de 138 do avião. O comandante escondeu o crachá para não divulgar o nome. Ele afirmou apenas que o pouso foi tranqüilo e que só foi avisado que usaria a pista principal quando iniciava os procedimentos para descer em Congonhas. "Foi um vôo e pouso tranqüilos", disse ele.

Com a transferência de grande parte dos vôos para o Aeroporto de Cumbica, e o cancelamento de outros, Congonhas viveu ontem um dia de tranqüilidade. Até as 19 horas, dos 211 vôos programados, 47 haviam sido canceladas e 2 apresentavam atraso superior a uma hora. Já em Cumbica, dos 161 vôos previstos, 32 estavam atrasados e 5 havim sido cancelados.

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