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A morte de Deiviti revoltou os familiares: o rapaz não tinha antecedentes criminais e era comportado | Albari Rosa/Gazeta do Povo
A morte de Deiviti revoltou os familiares: o rapaz não tinha antecedentes criminais e era comportado| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Consultor culpa Infraero por acidente

São Paulo – A entrega antes do tempo das obras da pista principal do Aeroporto de Congonhas pode ter contribuído para o acidente com o Airbus A320 da TAM, segundo o consultor em aviação Gianfranco Betting.

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São Paulo – Não é possível afirmar que a falta de ranhuras para o escoamento de água e aumento do atrito na pista principal do Aeroporto Internacional de Congonhas, na zona sul de São Paulo, tenha sido a razão do acidente de ontem com o Airbus A320 da TAM.

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"Ministro deveria pedir demissão"

A deputada Luciana Genro (PSOL-RS) disse ontem que o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, e o ministro da Defesa, Waldir Pires, deveriam pedir demissão de seus cargos.

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São Paulo – Os controladores de tráfego aéreo da torre de Congonhas disseram ontem ter pedido o fechamento da pista principal durante as chuvas como a que caía no momento em que o Airbus-320 da TAM derrapou. O alerta teria ocorrido na segunda-feira, depois que um avião da Pantanal também derrapou na mesma pista, mas oficiais da Força Aérea e autoridades da Infraero – estatal que administra os aeroportos do país – negaram o pedido por entender que não havia perigo.

"Os operadores da torre avisaram que a pista principal deveria ser fechada porque estava sem o "grooving" (ranhuras), mas ninguém no governo quer saber de nada", reclamou Sérgio Oliveira, presidente da Federação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo. Recém-saído da prisão sob acusação de liderar seus colegas em protestos contra a Aeronáutica, o sargento Wellington Rodrigues disse que, à primeira vista, o problema foi da pista, que não teria oferecido o atrito necessário para a frenagem.

A derrapagem do avião da Pantanal ocorreu na segunda-feira, primeiro dia de chuva constante depois da entrega da reforma da pista principal de Congonhas. O avião, modelo ATR-42, com 21 passageiros, derrapou e parou na grama. O incidente interrompeu as operações na pista principal entre 12h43 e 13h02. As causas do acidente, que provocou atrasos nos vôos, estão sendo apuradas pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, além da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Xeque

O aeroporto de Congonhas vem tendo suas condições de segurança postas em xeque desde o ano passado, quando a Anac determinou a suspensão de operações sempre que houvesse acúmulo de 3 mm de água nas pistas. A drenagem da pista era insuficiente para escoar a água da chuva, problema que só será solucionado com a conclusão da reforma das pistas. Ontem, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) registrou pouca chuva nas duas estações mais próximas de Congonhas. Foram 7,9 mm na Vila Mariana e 2 mm no Jabaquara. A reforma da pista foi entregue no último dia 30 incompleta, sem o "grooving’’. O presidente do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil (Sinpac), Hugo Stringuini, afirmou ontem que é "muito provável’’ que tenha ocorrido uma derrapagem. "É provável, pelas condições, com chuva, que tenha acontecido o mesmo que ocorreu com o avião da Pantanal, só que com o Airbus, que é muito maior’’, disse Stringuini.

No início do ano, após uma série de pequenos acidentes, a Justiça Federal chegou a interditar Congonhas para aeronaves de maior porte, como o Fokker 100 e os Boeings 737-700 e 727-800, em razão de falta de segurança para operações. O pedido partiu do Ministério Público, que defendia a interdição total do aeroporto.

O juiz federal Ronald de Carvalho Filho afirmou, em sua sentença, que as condições em que se encontrava o aeroporto necessitavam de "medidas excepcionais’’, o que justificou a proibição a grandes aviões. Porém, a liminar foi cassada.

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