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Brasília (Folhapress) – Por nove votos a cinco, o Conselho de Ética da Câmara aprovou ontem o parecer de deputado Cézar Schirmer (PMDB-RS), que recomenda a cassação do mandato do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) por quebra de decoro.

Schirmer apresentou o seu relatório na semana passada, mas a votação foi adiada devido a um pedido de vista de última hora da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP). O pedido foi feito após a sinalização por João Paulo Cunha de que queria mais tempo para se defender das acusações feitas pelo relator. O documento preparado por Schirmer tem 68 páginas e foi considerado o mais "brilhante" voto apresentado até o momento no Conselho. Em seu relatório e voto, Schirmer listou oito fatos que basearam o pedido de cassação do mandato de João Paulo.

Segundo o relator, "ao receber presentes e visitas inusitadas (por parte do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como principal operador do suposto mensalão), o representado colocou o seu interesse pessoal à frente do interesse público de ser absolutamente impessoal e isento no trato da coisa pública".

Schirmer diz ainda que João Paulo omitiu intencionalmente fatos e informações relevantes para o Conselho. Além disso, o relator acusa o deputado de ter utilizado para proveito próprio o contrato firmado entre a Presidência da Câmara e a SMP&B, empresa de Marcos Valério. "Pagas com recursos do senhor Marcos Valério, as pesquisas de opinião, que o representado mandou realizar, atenderam ao seu interesse político pessoal."

Por meio de relatórios feitos com base em auditorias promovidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Schirmer afirmou que João Paulo mandou fazer pesquisas pela Câmara que mediam sua popularidade pessoal.

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