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Brasília (Das agências) – O deputado Pedro Henry (PP-MT) foi inocentado ontem pelos integrantes do Conselho de Ética da Câmara da acusação de que teria participado da negociação de apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva em troca de recursos para a legenda. Agora, o processo segue para o plenário da Câmara onde o resultado pode ser diferenciado.

Dos 15 integrantes do Conselho, 9 consideraram não haver provas suficientes contra o deputado. Outros 5 disseram que, por se líder do partido à época em que o PP negociou o recebimento de pelo menos R$ 700 mil das contas do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, Henry sabia do esquema.

O relator do caso, deputado Orlando Fantazzini (PSol-SP), recomendou a cassação do mandato do deputado sob justamente sob essa alegação. Para ele, há razões suficientes para considerar que o deputado participou da negociação por recursos em troca de apoio com o PT. "O fato de o representado não haver sido consultado pelo senhor (João Cláudio) Genu (chefe-de-gabinete da liderança do PP) para ir buscar dinheiro no Banco Rural não o isenta da responsabilidade pelos graves ilícitos aqui apurados. Pois, sua participação está bastante comprovada e, mais do que isso, como líder da bancada, sua atuação fora por demais relevante na negociação e no cumprimento do acordo (de campanha com o PT). Seria absurdo atribuir ao líder participação apenas secundária, relegada aos coadjuvantes", disse o relator em seu voto.

No caso do processo disciplinar contra o deputado João Magno (PT-MG), o relator, Jairo Carneiro (PFL-BA), pediu a cassação do mandato do parlamentar, mas a votação do relatório foi adiada porque a deputada Ângela Guadagnin (PT- SP) pediu vista do parecer. Pela lista de Valério, o deputado teria se beneficiado com R$ 350 mil para as campanhas de 2002 e 2004. Só depois da crise do mensalão registrou as doações na Justiça Eleitoral.

Ao se defender, antes da leitura do voto do relator, João Magno disse que não cometeu nenhum delito, que recebeu o dinheiro por orientação da direção do PT e que os recursos foram usados para pagar despesas de campanha.

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