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Entenda a briga

Abril• Requião envia à Assembléia a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2008, destinando 3,8% da receita geral do estado para o MP.

Julho• Os deputados estaduais alteram a proposta do governo e fixam o orçamento do MP em até 4%.

Agosto• Começa a briga entre os dois poderes. O governador envia ao MP um ofício pedindo a relação de todos os cargos e salários dos promotores e servidores para comprovar suas denúncias de altos salários na instituição.

Setembro• Requião denuncia irregularidades no MP e assina decreto anulando duas cláusulas do convênio firmado entre o MP e a Paranaprevidência que davam autonomia ao órgão para definir os critérios de aposentadoria de seus membros. • O MP contra-ataca e anuncia uma investigação minuciosa em todas as aposentadorias pagas pelo sistema previdenciário da Paranaprevidência.• Requião anuncia que 113 pensões vinculadas a ex-funcionários do MP, pagas com recursos do Poder Executivo, passarão a ser custeadas com dinheiro do orçamento do próprio MP a partir de 2008.• O governo do estado envia a proposta do orçamento para 2008 e fixa um índice de 3,7% para o MP. O órgão esperava um porcentual de 4%.

Ficou no meio termo - nem os 4% pretendidos pelo Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) nem os 3,7% propostos pelo governo do Paraná. Nesta quinta-feira (8), o Colégio de Procuradores do Ministério Público do Paraná aprovou por unanimidade a proposta do governo, negociada pela Assembléia Legislativa do Paraná, que prevê o repasse de 3,9% do Orçamento de 2008 do governo do Paraná ao órgão.

Com a decisão, o procurador-geral Milton Riquelme de Macedo solicitou ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) a suspensão da liminar, que obtivera, que obrigava o governo a elevar para 4% os recursos para o órgão e suspendia a tramitação do Orçamento para 2008. O impasse não permitia a votação do orçamento e, conseqüentemente, mantinha o mesmo montante de 2007 - fato que desagradava o governo. A briga entre Requião e o MP-PR começou quando o órgão entrou na justiça para exigir que o governador, o vice Orlando Pessuti, secretários e deputados exonerassem os parentes de até 3º grau empregados nos poderes Legislativo e Executivo. Entre as reações de retaliação de Requião, estava a mensagem enviada à Assembléia Legislativa fixando o repasse de 3,7% ao órgão. Sendo que em julho, antes da briga pública, os deputados aprovaram o índice de 4% que seria destinado ao MP do orçamento de 2008.

No entendimento do Colégio de Procuradores, os valores (3,9%) são "suficientes para manter a atividade da instituição no próximo ano, permitindo a continuidade de um trabalho eficiente no atendimento às demandas da sociedade".

Segundo a assessoria da presidência da Assembléia, o cronograma de votação será mantido e o Orçamento de 2008 deve ser votado na primeira quinzena de dezembro, como nos outros anos.

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