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Protesto

Contrários à adesão, manifestantes vão ocupar a frente da Reitoria

A Frente de Luta Pra Não Perder o HC, formado por diversas entidades, como Sinditest, Diretório Central dos Estudantes e Associação dos Professores da UFPR, vão fazer na manhã de hoje um ato contra a sessão que irá deliberar sobre o contrato de cogestão entre UFPR e Ebserh. A expectativa, segundo a presidente do Sinditest, Carla Cobalchini, é de que 300 pessoas compareçam à manifestação, que ocorrerá no pátio da Reitoria.

Em relação ao interdito proibitório, Carla afirma que essa medida não irá afetar o ato público que está agendado. "Essa criminalização contra o movimento já era esperada. Vamos manter nossa manifestação."

A Frente considera a adesão à Ebserh como uma privatização do hospital e pede a abertura de concurso público. Contudo, o Ministério da Educação informa que a contratação de servidores para os hospitais universitários no país só será realizada através da estatal. A Frente também acredita que um plebiscito seria o caminho ideal para definir o futuro do HC.

O Conselho da Universidade Federal do Paraná (UFPR) se reúne hoje para decidir se hospitais da instituição irão aderir à à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A proposta de um contrato de cogestão será analisada para definir se o Hospital de Clínicas e a Maternidade Victor Ferreira do Amaral, ambas instituições ligadas à universidade, serão geridas pela estatal criada pelo governo federal para administrar hospitais universitários públicos do país.

Ontem, a Justiça Federal expediu uma liminar determinando aplicação de multa no valor de R$ 10 mil ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest) para cada conselheiro da UFPR que for impedido de ingressar no prédio da Reitoria. O início da sessão deliberativa do conselho, formado por 63 membros, está previsto para as 9 horas. A liminar, assinada pelo juiz da 11.ª Vara Federal, Flavio Antônio da Cruz, estipula ainda multa de R$ 100 mil caso, por responsabilidade dos manifestantes, a realização da reunião seja impedida.

O reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, solicitou um interdito proibitório para garantir a realização da sessão. A medida foi tomada após manifestantes impedirem o acesso dos membros do conselho em outras duas oportunidades. O quórum mínimo necessário para a realização da sessão é de 33 conselheiros.

Polícia

O juiz também requisitou força policial a fim de assegurar a plena realização da reunião. "Não é o caso, todavia, de cercar o prédio da Reitoria, porquanto – na prática – isso poderia impedir o próprio exercício do direito à crítica, algo intolerável", salientou. Ou seja, os policiais deverão fazer apenas um cordão de isolamento com o objetivo de permitir a entrada dos conselheiros no prédio. Akel Sobrinho ressaltou também que não será proibida nenhuma ação contrária ao contrato com a Ebserh. "O livre direito de manifestação está garantido. O pátio da Reitoria estará livre. A única preocupação é que os conselheiros possam adentrar no prédio", afirmou. Será montada uma tenda no pátio da universidade para a transmissão ao vivo da reunião do conselho e também será transmitida em tempo real através da TV UFPR e da internet.

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