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Saiba mais - O programa

O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) foi elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) com dois objetivos: elevação da média de conclusão dos cursos de graduação para 90% e aumento da relação de estudantes por professor, passando de 14 para 18. As universidades que aderirem ao programa terão de se comprometer em aumentar o número de vagas em 20% e, para isso, receberão 20% a mais de verbas durante os próximos cinco anos.

A verba deve ser aplicada na contratação de professores, construção de salas de aula e laboratórios, modernização de bibliotecas e programas de assistência estudantil. Doze universidades federais já aderiram ao projeto. O Pró-Reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças, Paulo Yamamoto, diz que, caso a UFPR participe do Reuni, serão abertas 6 mil vagas nos cursos de graduação até 2012. Para atender a nova demanda, serão criados 16 cursos e contratados 242 professores efetivos. A verba estimada para 2008 é de 20 milhões. (ACB)

Mais uma reunião entre o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Augusto Moreira Júnior, e representantes do grupo de alunos que ocupa o prédio central da Reitoria da instituição desde quarta-feira da semana passada foi realizada ontem. Durante o encontro, eles discutiram a possibilidade de realização do plebiscito reivindicado pelos estudantes para decidir a adesão da universidade ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Moreira garantiu que a proposta será discutida na próxima reunião do Conselho Universitário (Coun), marcada para amanhã, às 8h30. "É impossível fazer um plebiscito antes dessa reunião porque é o Coun quem decide a forma de consulta", diz.

O grupo de alunos abriu mão da exigência de que o plebiscito fosse universal e aceitou a proposta de voto paritário, desde que não sejam contadas as abstenções. Dessa forma, seriam contados apenas os votos daqueles que realmente queiram participar da decisão, sem levar em consideração o número total de estudantes, funcionários e professores.

Na reunião, o reitor também tentou negociar a liberação do edifício, propondo que os alunos ocupassem somente a sala do Coun para que as atividades dos departamentos administrativos que funcionam no prédio voltem ao normal. Devido à ocupação, a Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento de Finanças está impossibilitada de dar andamento ao processo de contratação de 180 novos professores e ao pagamento de 6 mil funcionários, 2 mil bolsistas e fornecedores que deveriam receber até a próxima semana. No entanto, os alunos continuam acampados no prédio e pretendem permanecer no local até que o pedido de realização do plebiscito seja atendido. "Não podemos sair daqui porque a ocupação do prédio é a nossa única possibilidade de barganha", argumenta a estudante de Ciências Sociais Alexandra Bandoli, integrante do grupo.

Durante a manhã de ontem, oficiais de justiça estiveram no local para cumprir a ordem de reintegração de posse, concedida na sexta-feira. Eles identificaram seis líderes do movimento para serem intimados pessoalmente durante o dia de hoje. "Estamos dando o máximo de oportunidades que podemos para eles saírem do prédio pacificamente porque não queremos violência, mas talvez seja necessário o uso da Polícia Federal", disse o procurador federal da UFPR, Marcos Maliska.

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