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Após um impasse que dura duas semanas, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) irá decidir hoje às 8h30, no Hospital de Clínicas, se vai aderir ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). A portas fechadas, os 52 membros do Conselho Universitário (Coun), presidido pelo reitor Carlos Augusto Moreira Júnior, irão votar se há necessidade de um plebiscito para discutir o tema. Se a primeira pergunta for rejeitada, vota-se na seqüência a adesão ou não ao programa. Um levantamento preliminar indica que a adesão será aprovada.

Os estudantes que ocupam desde o dia 17 de outubro o prédio central da Reitoria, em protesto contra o Reuni, prometem pressionar pela rejeição ao programa, que prevê aumento de vagas e índice de aprovação de 90%. Os sete representantes dos alunos irão votar a favor do plebiscito e contra o Reuni, segundo o representante discente Daniel Ikenaga.

A diretora do setor de Ciências Exatas, Sílvia Helena Soares Schwab, afirma que três setores, dentre 11, irão votar contra o Reuni: Exatas, Educação e Ciências Humanas. Segundo ela, os 11 representantes dos setores deverão votar igual aos diretores.

Os quatro servidores técnicos administrativos irão votar a favor do Reuni, na opinião do presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba, José Carlos Belotto. Já o voto dos dez representantes dos docentes não está fechado, apesar de a Associação dos Professores da UFPR ser a favor do plebiscito e contra o Reuni, segundo a presidente Arislete Dantas de Aquino. O posicionamento dos demais votantes não foi registrado.

Dentre 54 universidades federais, 33 já aderiram ao Reuni. O prazo para ingressar no programa no primeiro semestre de 2008 terminou ontem. O reitor Moreira Júnior, entretanto, alega que o Ministério da Educação irá aguardar a ata do Coun.

Restaurante

O fechamento dos restaurantes universitários (RUs) desde a última sexta-feira está causando polêmica. Ontem, os alunos apresentaram uma carta escrita pelo ex-diretor do RU, Valter Antônio Maier, alegando que o fechamento foi um ato político. "O RU trabalha por licitação e pregão eletrônico e, a cada mês, é pago mensalidade. Quando atrasa, o fornecedor não deixa de entregar", afirma Maier na carta.

A empresa Moza Comércio de Gêneros Alimentícios, uma das fornecedoras, diz que não iria paralisar o fornecimento. "O HC já ficou oito meses sem pagar, mas mantive o fornecimento", afirma o sócio-proprietário, Rafael Lazarotto. "Não tem porque não abrir", completa o dono da Sustentare Produtos Alimentícios, Roberson Nalavavi.

A Reitoria alega que o empenho para o fornecimento dos alimentos não pôde ser registrado, já que os funcionários ficaram impedidos de trabalhar no prédio. Os restaurantes reabrem na próxima quarta-feira.

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