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O uso indiscriminado de medicamentos para emagrecer motivou uma ação conjunta dos Conselhos de Medicina e Farmácia. Uma reunião realizada na sede do CRM-PR, ontem à noite, discutiu a normatização do uso de medicamentos no tratamento de doenças relacionadas à obesidade. De acordo com o presidente do conselho, Hélcio Bertolozzi, a proposta é conter a multiplicação de casos de dependência física e psíquica e de danos à saúde por meio da educação e conscientização das classes médica e farmacêutica. "É preciso que haja um esclarecimento na formulação de receituário de remédio a ser manipulado e o controle periódico do paciente na vigência desses medicamentos", afirma.

Para o médico, cabe aos profissionais de saúde cumprir a função de esclarecer a sociedade e conscientizá-la sobre os riscos e malefícios decorrentes da ingestão das chamadas "fórmulas mágicas" para emagrecimento. "A indicação de dosagens maiores deve ser extremamente criteriosa e restrita a casos específicos", diz. A anfetamina só pode ser prescrita de forma controlada, ainda assim para uso por um período máximo de três meses. A substância, assim como o ansiolítico (geralmente associado de forma irregular), levam à dependência química. Agem no sistema nervoso central provocando diminuição do apetite, mas ocasionam uma série de efeitos colaterais como agitação, insônia, irritação, nervosismo, ansiedade, tremores e náuseas.

Segundo Bertolozzi, o conselho procurará agir de forma educativa. Para tanto, está se associando a escolas médicas, sociedades de especialidade e hospitais, buscando alertar e corrigir eventuais distorções no emprego dos medicamentos. No entanto, ressalta que a entidade atuará de forma punitiva àqueles profissionais que persistirem na utilização dessas drogas de maneira abusiva. O trabalho será feito em conjunto com outras instituições, como a Vigilância Sanitária, Ministério Público e Polícia Federal, visando ao controle de importações ilegais dos produtos de uso controlado. De acordo com o médico, a fiscalização será intensificada com base em denúncias ou pela constatação de freqüência anormal de prescrição de medicamentos controlados. "Médicos e pacientes devem entender que a perda de peso é mais saudável quando segue uma nutrição adequada em conjunto com atividade física", enfatiza.

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