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A prefeitura de Curitiba está correndo contra o relógio para tentar inaugurar, em março – mês de aniversário do município –, o Parque da Biodiversidade. A intenção é que o 9.º parque da cidade seja aberto antes do início duas reuniões das Nações Unidas sobre biodiversidade e biossegurança. As duas conferências, que pela primeira vez serão realizadas no Brasil, vão reunir cerca de 5 mil participantes de 187 países.

O edital de licitação do parque, que fica nas proximidades da Rua da Cidadania da Fazendinha, está em preparação, mas o início das obras depende também do estabelecimento de parcerias. De acordo com a diretora-executiva de projetos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Célia Bim, o local foi escolhido porque a área de 105 mil metros quadrados, localizada entre as ruas Carlos Klemtz e Elias Karan, atende ao objetivo de um projeto maior que é criar um corredor de biodiversidade para recuperação de mata ciliar em torno do Rio Barigüi.

A proposta faz parte do plano de governo do prefeito Beto Richa. A implantação às margens do Rio Barigüi vai garantir a preservação de uma faixa de ocorrência de fauna típica da região de alagados, principalmente pássaros, que encontram nesta vegetação as condições ideais de alimentação e reprodução.

O projeto desenvolvido pelo Ippuc prevê ainda a instalação de um lago artificial, ciclovias, trilhas para caminhadas e auditórios para palestras e apresentações (veja quadro). A idéia é utilizar a estrutura para desenvolver cursos de educação ambiental iguais aos oferecidos na Universidade Livre do Meio Ambiente.

O projeto prevê também a construção de uma passarela de madeira, para o trânsito de pedestres, na Rua Carlos Klemtz, ligando o estacionamento do parque – com cem vagas – e a Rua da Cidadania, que fica ao lado da Unidade de Saúde 24 Horas da Fazendinha (Albert Sabin) e do terminal de ônibus do bairro. A intenção é garantir o acesso fácil e seguro entre os três espaços. Futuramente, a extensão poderá ser ampliada, promovendo a ligação do Parque da Biodiversidade ao Bosque da Fazendinha, compondo uma área verde de 180 mil metros quadrados. O estacionamento vai servir para atender também os usuários da unidade de saúde e da Rua da Cidadania. "As vagas para estacionar são uma reivindicação antiga da população local", comenta Célia Bim.

A população do bairro, apesar de já contar com os 73 mil metros quadrados do Bosque da Fazendinha, aprovou a execução do novo projeto. Para a aposentada Iza Gabardo, 62 anos, é importante que a prefeitura torne o espaço útil. "Área vazia e cheia de mato corre o risco de virar invasão ou esconderijo de bandido", diz. Já o operador de máquinas Ari Ferreira, 52 anos, acha que o local será mais uma oportunidade de lazer para o filho de seis anos. "Quanto mais melhor", comenta.

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