Uma "operação tartaruga" realizada pela Construtora Pólo Habitação vai atrasar ainda mais a entrega do Centro de Detenção e Ressocialização de Londrina, anunciado pelo governo do Estado como uma obra de urgência para desafogar os distritos policiais da cidade. A empresa, com sede em Astorga, venceu a licitação para construir o centro, mas está pressionando o governo a fazer um aditivo no contrato. Há cerca de 60 dias, a construtora reduziu o número de trabalhadores no canteiro de obras de 140 para 65.
O prazo inicial estipulado para a inauguração do centro era dezembro de 2005, mas foi estendido para julho deste ano. O Departamento Estadual de Construção de Obras e Manutenção (Decom) agora estima mais três meses necessários para o término do presídio, desde que seja resolvido o problema com a construtora.
O chefe regional do órgão, Walmir Mattos, admitiu a necessidade de um acréscimo de verbas para a empresa terminar a obra, mas não informou os valores. A Pólo pede um aditivo de R$ 600 mil para adequações na rede elétrica, ampliações de alguns espaços e melhoria na segurança das celas. O Centro de Detenção foi orçando em R$ 11 milhões. "Com as situações vividas, com rebeliões e a criminalidade se sofisticando, nós estamos tentando prevenir problemas que possam acontecer", disse Matos. Segundo ele, o aditivo ao contrato precisa ainda da aprovação do governador Roberto Requião.
Uma equipe das secretarias estaduais de Justiça e Obras esteve ontem na cidade para discutir a situação. Para hoje, é aguardada a visita do secretário de Obras, Nilson Pohl, que irá vistoriar a obra.
O Centro de Detenção e Ressocialização de Londrina está em construção em um terreno de 15,3 mil metros quadrados, na Rodovia João Alves da Rocha Loures, em frente à Casa de Custódia de Londrina, na zona sul. Ele possui previsão de abrigar 960 detentos.
Para o chefe regional do Decom, caso tudo volte à normalidade, a previsão agora é de mais três meses para sua conclusão. "Se todas as pendências forem resolvidas e a empresa retornar agora, podemos ter a obra concluída em 90 dias", disse.
A reportagem do JL tentou contato ontem com o secretário Nilson Pohl, mas ele não retornou a ligação. Os representantes da empresa Pólo Habitação não foram localizados.
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