• Carregando...

O contato do bebê com a mãe é muito importante não só para o desenvolvimento da criança, mas também para a própria mãe quando presa, diz a doutora em Psicologia do Desenvolvimento Familiar Lídia Weber, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Um filho dá mais força de vontade, ela tem mais motivações para melhorar e sair da prisão, pois quer oferecer uma vida normal ao filho", afirma. Por outro lado, segundo ela, o convívio numa instituição prisional e a posterior separação podem acarretar sérias consequências à criança.

"Com 8 meses o bebê já começa a reconhecer e se apegar às pessoas. Quanto mais ele fica com a mãe, mais difícil é a separação", diz. Lidia afirma ainda que a convivência pode ser benéfica até os 2 ou 3 anos de idade. Mas, a partir desse momento, a criança passa a compreender e questionar sua realidade. "Talvez ela comece a se perguntar por que não pode sair e passear nos lugares que ela vê na televisão, por exemplo."

"Identidade institucionalizada, baixa autoestima e conceituação errônea de si mesmo são alguns dos problemas que podem aparecer", completa. Para a psicóloga, é necessária uma avaliação de cada caso. "Uma mãe afetuosa pode fazer toda a diferença na vida de uma criança. E esse sistema prisional pretende privilegiar essa primeira vinculação, que é muito importante. Mas é preciso que essas mães presas sejam monitoradas por uma assistência especializada", afirma.

Mães e filhos ainda têm à disposição, na maioria das vezes, o atendimento semanal de uma equipe multidisciplinar de pediatra, clínico geral, ginecologista, psicóloga, nutricionista, pedagoga, dentista, advogado, assistente social e psiquiatra, além de oficinas profissionalizantes ministradas em parceria com o Senac.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]