Controlador passa mal e atrasa 26 vôos em Curitiba

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Os passageiros que tinham vôos marcados para ontem no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, voltaram a enfrentar problemas. No início da manhã, um controlador de vôo passou mal e teve de ser socorrido, o que atrasou 26 vôos entre as 7h15 e as 10h30, segundo a Infraero, empresa que administra os principais aeroportos brasileiros. A Infraero informou que os vôos continuaram atrasados à tarde, mas não soube precisar quantos.

Pela manhã, a versão era de que o controlador, de 46 anos, havia sofrido um enfarte. Ele foi levado ao hospital do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo 2 (Cindacta 2), no Bacacheri. A informação foi desmentida à tarde pelo coronel Paullo Esteves, do Departamento de Controle do Tráfego Aéreo da Aeronáutica (DCEA), no Rio de Janeiro.

"Esse controlador muito provavelmente está acima do peso e tem hipertensão. Minha mãe também tem essa doença, eu sei como isso funciona", arriscou Esteves. "De repente passa mal por ter comido sal demais. Na verdade ele teve um pico de pressão, passou mal e foi levado para o hospital da Aeronáutica por precaução." Esteves acrescentou que o controlador recebeu todos os cuidados necessários, foi medicado e agora fica em observação: "Ele teve só um mal súbito".

O controlador passou mal entre as 7h40 e as 8h15. Neste período, oito vôos atrasaram. Para Esteves, os atrasos não se justificam. "Funcionários estão sempre de prontidão e devem garantir o funcionamento normal do sistema", afirmou. De acordo com a Infraero, durante a manhã os atrasos variaram de 40 minutos a uma hora. O tempo de atraso foi diminuindo depois que o sistema voltou a funcionar plenamente, e a situação voltou ao normal por volta das 16 horas. O Cindacta 2 se negou a comentar o problema.

Semana passada, uma pane nos computadores do Cindacta 2 atrasou quase 200 vôos em dois dias. Com os computadores fora de operação, a comunicação entre os pilotos e a torre de controle passou a ser feita por rádio, o que aumentou o intervalo de tempo entre um vôo e outro. O problema foi detectado quinta-feira e prosseguiu ao longo da sexta.