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São Paulo – A Justiça Federal em Mato Grosso deve ouvir na próxima terça-feira quatro controladores de tráfego aéreo sobre o acidente com o vôo 1907 da Gol, ocorrido em setembro do ano passado e que deixou 154 mortos.

O Boeing da companhia aérea caiu após colidir com um jato Legacy, da empresa americana ExcelAire. Os americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino – que pilotavam o Legacy – deveriam ser interrogados hoje, mas seus advogados informaram que eles não comparecerão à sessão.

Os pilotos queriam ser ouvidos nos Estados Unidos. O juiz federal substituto de Sinop (MT), Murilo Mendes, negou o pedido. No dia 1.º de junho, a Justiça aceitou a denúncia contra os dois pilotos do Legacy e os quatro controladores. Na ocasião, o juiz já havia determinado que, mesmo estrangeiros, os pilotos deveriam comparecer para o interrogatório no Brasil "não sendo admitida que o ato se dê no seu país de origem".

Na denúncia, o procurador Thiago Lemos de Andrade afirmou que a negligência dos seis acusados causou a colisão entre o Legacy e o Boeing, que acabou caindo no Mato Grosso. Segundo a acusação, o controlador Felipe Santos dos Reis deu instruções erradas aos pilotos do jato, não informando sobre as mudanças de nível que deveriam ocorrer durante o trajeto da aeronave – de São José dos Campos (SP) a Manaus (AM).

O segundo controlador denunciado é Jomarcelo Fernandes dos Santos, que monitorava a área na qual o jato Legacy trafegava em altitude diferente da prevista no plano de vôo – cerca de mil pés acima. Na denúncia, o procurador diz que Santos sabia que o Legacy deveria descer depois de passar por Brasília, mas não alertou os pilotos.

Lucivando Tibúrcio de Alencar, que assumiu o posto de Santos, foi denunciado porque demorou para tentar entrar em contato com o Legacy – cerca de dez minutos após começar a trabalhar – mesmo sabendo da inoperância do transponder do jato. O quarto controlador acusado é Leandro José Santos de Barros, que auxiliava Alencar.

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