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Foragido da Justiça, o coordenador de operações da PM, major Edson Alexandre Pinto de Goes, 43 anos, se entregou na manhã de ontem na 1.ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária (DPJM), no Méier, zona norte do Rio. Ele foi preso sob acusação de atuar em um esquema de extorsões na zona oeste da cidade. Policiais da Corregedoria da PM e promotores estiveram na casa de Goes na última segunda-feira, na zona oeste, mas ele não foi encontrado. No local, foram apreendidos R$ 287 mil em dinheiro e joias – que os investigadores supõem ser fruto do esquema de extorsão. Outros 23 policiais militares também foram presos ontem pelo mesmo crime, entre eles o coronel Alexandre Fontenelle, 44 anos – terceiro homem na hierarquia da Polícia Militar no estado. Ele é o atual comandante do Comando de Operações Especiais (COE) e tem sob suas ordens unidades como o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e o Batalhão de Choque.

Segundo as investigações, conduzidas pela Secretaria de Segurança Pública e pelo Ministério Público estadual, comerciantes e motoristas de vans de Bangu, na zona oeste, eram os alvos preferenciais das extorsões, que variavam de R$ 30 a R$ 2,6 mil por mês. Mas nem os camelôs estavam livres da cobrança de propina – para montarem suas barracas, deveriam pagar R$ 10 por semana para os PMs do batalhão. "A corrupção era institucionalizada. Tudo que estava à margem da lei era alvo da quadrilha", disse o subsecretário de Inteligência da Segurança, delegado Fabio Galvão. A propina era paga para que os policiais fizessem vista grossa a crimes cometidos por lojistas, como a venda de produtos piratas.

As investigações são baseadas em depoimentos, documentos e diálogos telefônicos interceptados com autorização judicial.

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