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Quarenta e dois quilos de explosivos, que possivelmente seriam utilizados para a detonação de caixas eletrônicos, foram apreendidos pela Polícia Civil na cidade de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, e no bairro Boa Vista, na capital paranaense. Em operação realizada pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) na quinta-feira (9), três pessoas foram presas – dentre elas duas mulheres e um homem. Eles estariam vendendo explosivos adquiridos em um furto de uma pedreira. Os explosivos seriam suficientes para a detonação de 170 caixas eletrônicos, segundo a polícia.

Assista ao vídeo com a demonstração de uma explosão com o material apreendido

Segundo o delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, o furto ocorreu no mês de julho deste ano e desde então foram iniciadas investigações para encontrar suspeitos. Os investigadores receberam informações de que haveria na Região Metropolitana de Curitiba o comércio ilegal de explosivos no estacionamento de um supermercado na quinta-feira (9).

"A venda aconteceria no interior do estacionamento deste supermercado, mas o comprador não apareceu. Eram duas mulheres que estavam com esses explosivos. Nós fizemos a abordagem e elas foram presas em flagrante", explica Cartaxo. No flagrante, foram encontrados no porta-malas do veículo em que elas estavam cerca de 40 quilos de explosivos.

À polícia, Nycolli de Freitas, 20 anos, e Cristiane de Farias, 33 anos, presas em flagrante, indicaram o suposto responsável pelo furto dos explosivos. Os policiais foram até o bairro Boa Vista e prenderam Patrick Ramos Gaveliki, 19, que já tinha passagem por receptação. Na casa em que ele estava foram encontrados dois quilos de materiais de detonação. Cada explosivo era vendido por R$ 700.

Para o delegado, falta uma legislação que puna os proprietários de pedreiras – locais de onde partem os explosivos – pela falta de segurança interna das empresas na guarda desses detonadores. "Existe legislação forte, um controle por parte do Exército, da Delegacia de Armas e Munições e da Polícia Federal. A falha está evidentemente na guarda desses explosivos", explica.

Poder de explosão

Após a apreensão, nesta sexta-feira (10) os policiais do Cope simularam duas explosões envolvendo detonadores geralmente utilizados para abrir caixas eletrônicos. O delegado Cartaxo explica que são três fases de explosão feitas para abrir os caixas eletrônicos. Na primeira é usada a explosão de uma espoleta. Este é considerado pela polícia um processo primário de detonação.

Na sequência, de acordo com o delegado, ocorre a explosão pelo cordel detonante, chamada de fase secundária. Por último, o processo de emulsão, considerado o principal para a abertura dos caixas, ocorre com explosão de 250 gramas de emulsão. Para a simulação, as equipes policiais realizaram as duas primeiras etapas. A terceira não foi feita na simulação por questões de segurança.

Para o delegado, caso os explosivos encontrados no estacionamento do supermercado fossem acionados, poderia ter ocorrido uma tragédia. "O prédio do supermercado viria a baixo pelo poder de explosão desses detonadores. O carro com os explosivos estava no subsolo do prédio", explica.

Policiais do Cope simulam explosões com detonadores apreendidos

Segundo a polícia, os explosivos seriam suficientes para a detonação de 170 caixas eletrônicos.

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