Quatro pessoas foram presas na manhã de ontem, em Curitiba, e uma em Santa Maria do Oeste (Região Central do estado), acusadas de fraudar procurações para adquirir e vender terrenos de forma ilícita. De acordo o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), o grupo teria lucrado pelo menos R$ 1,5 milhão com a venda irregular de um terreno, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), que seria da prefeitura. Dilton Camargo de Souza, 71 anos; Alexandre de Lima, 20 anos; João de Oliveira, 85 anos; Norberto Broeto, 54 anos; e Hamilton Schreiner, que não teve a idade divulgada, acabaram detidos na operação batizada de "Livro Aberto".
De acordo com o delegado titular do Cope, Miguel Stadler, a quadrilha conseguia procurações falsas com Schreiner, proprietário de um cartório, em Santa Maria. Ele legalizava os documentos com Lima, funcionário de um outro cartório, em Curitiba.
"Esquentando as procurações, eles também conseguiam as certidões de originalidade. Com isso, um terreno era vendido várias vezes e depois repassado para outros integrantes do grupo para ser novamente vendido. Uma vítima já teria adiantado uma parcela do valor da propriedade no CIC. O valor do terreno seria de R$ 1,5 milhão. Creio que o grupo tenha conseguido cerca de R$ 2 milhões com o golpe", explicou o delegado.
Segundo Stadler, o próprio cartório onde Lima trabalhava foi quem fez a denúncia à polícia, em 2006. "Assim que o cartório percebeu que o funcionário estava participando do esquema, fomos avisados das fraudes e iniciamos a investigação", afirmou.
Os policiais do Cope cumpriram ordens judiciais de busca e apreensão nas residências dos acusados de envolvimento no esquema. Foram apreendidos documentos, escrituras originais, cópias de escrituras, computadores e papéis que serão periciados. Os documentos darão continuidade às investigações e podem servir de base para iniciar uma ação penal contra os acusados.
Com Broeto foi apreendido um veículo, modelo Corsa, que possui R$ 566 mil em multas de trânsito. A polícia já identificou outras duas pessoas que participavam do esquema e estão sendo procuradas. "Ainda existem outros envolvidos no interior do estado e estamos apurando."
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