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 | Albari Rosa/Arquivo / Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa/Arquivo / Gazeta do Povo

Policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) foram às ruas novamente para a segunda fase da Operação Alexandria, que busca desmantelar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Paraná. Nesta quinta-feira (7), devem ser cumpridos 14 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão, que ainda estavam pendentes desde a primeira operação, deflagrada em dezembro de 2015.

A segunda fase da operação acontece em Curitiba e Região Metropolitana (Almirante Tamandaré, Araucária e Colombo). Esta etapa da ação está sob o comando do delegado Marcelo Magalhães, que confirma, até o momento, a prisão de três pessoas, entre elas dois presos em flagrante.

Os suspeitos são foragidos da Justiça com envolvimento no crime organizado. Drogas, documentos falsos e um veículo foram apreendidos.

O conteúdo das conversas interceptadas mostra que diversos crimes foram cometidos em benefício da organização criminosa, como tráfico de drogas, roubos de carros e residências, tráfico de armas e homicídios. Por decisão do Poder Judiciário, 237 telefones serão bloqueados, assim como 28 contas bancárias que, além do bloqueio, terão os valores sequestrados.

Crimes

No ano passado, pelo menos 767 mandados de prisão foram expedidos pela Justiça e, destes, 471 foram cumpridos dentro de presídios no Paraná. Todos os presos, conforme informou na época o delegado Rodrigo Brown, têm envolvimento com o PCC e estariam envolvidos nos mais diversos tipos de crimes.

Os policiais chegaram ao grupo através de interceptação de ligações telefônicas. No ano passado, foram mais de 30 mil ligações relacionadas ao PCC em 12 estados. Essas interceptações renderam mais de 1.700 horas de conversas dos membros da facção, no Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Alagoas, Ceará, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte.

Alexandria

A operação começou depois que dois rapazes foram presos e, com eles, foram encontrados cadernos com várias anotações sobre todo o esquema do PCC. “Eram informações completas, até sobre os padrinhos destes rapazes, e foi aí que toda a polícia começou o trabalho para desmembrar o esquema”, explicou o delegado-titular do Cope, Rodrigo Brown.

O nome da operação foi inspirado na Biblioteca Real de Alexandria ou Antiga Biblioteca de Alexandria, que foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo, e faz alusão aos cadernos encontrados com os dois rapazes no Cope. Ela existiu até a Idade Média, quando supostamente foi totalmente destruída por um incêndio cujas causas são controversas. Nela continha praticamente todo o saber da Antiguidade.

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