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O coronel Jorge Martins se entregou no início da tarde de ontem e, desde então, está preso no quartel-general da Polícia Militar, em Curitiba. À noite, o oficial prestou depoimento na Delegacia de Homicídios por quase três horas. Depois, o acusado saiu apressado, com boné escondendo o rosto e sem falar com a imprensa. O novo advogado de Martins, Sílvio Cesar Micheletti, negou a participação de Martins nos homicídios – o que classificou como "fora de cogitação" – e garantiu ter provas da inocência do coronel.

Micheletti informou que apresentará no começo da próxima semana os argumentos para pedir um habeas corpus e revogar a prisão temporária do coronel. "Vamos demonstrar a inocência do coronel. Ele não cometeu estes delitos e acreditamos que a prisão é desnecessária", disse. As provas, segundo ele, são baseadas em depoimentos de testemunhas, documentos e fotos que mostram que o coronel não foi o autor dos homicídios. O material deve ser adicionado ao inquérito que investiga o caso.

Durante a ocorrência de pelo menos dois crimes o coronel não estaria em Curitiba. Em um deles o acusado estaria em uma viagem de trabalho com a Defesa Civil do Paraná, entidade que participa mesmo integrando a reserva da corporação, e durante o assassinato realizado na madrugada do dia 1º de janeiro deste ano, ele estaria em férias no litoral do estado. Além disso, a defesa alega que Martins não possui veículos nos modelos que são apresentados no inquérito e que seriam utilizados pelo assassino.

De acordo com o advogado, o ex-coronel foi pego de surpresa com o pedido de sua prisão, ficando muito "abalado e surpreso" com a medida. Mesmo após o trauma, afirma Micheletti, ele está em plenas condições mentais. Ele voltou de uma viagem com a família para se apresentar à polícia.

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