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O corpo do estudante Victor Hugo Marques Santos, 20 anos, que desapareceu no sábado numa festa no velódromo da USP, foi encontrado ontem de manhã na raia olímpica do câmpus, dentro da água, em um ponto próximo do local do evento. Victor Hugo, aluno de design do Senac, sumiu depois que foi buscar cerveja, por volta das 5 h, segundo os amigos que estavam com ele. A festa, com cerca de 5 mil pessoas, era do Grêmio Politécnico e tinha autorização da USP para ser feita no câmpus.

O corpo foi avistado por remadores que treinam na raia. Tinha um leve hematoma no olho e escoriações nos lábios. Os sinais podem indicar uma agressão, mas podem também ter sido causados por uma queda. À tarde, os pais do jovem estiveram na polícia e saíram muito abalados. O corpo havia sido reconhecido por uma prima do rapaz.

A polícia afirma que nenhuma hipótese está descartada – homicídio, suicídio ou morte acidental – e que ainda não tem uma linha mais forte de investigação, o que dependerá dos laudos do IML, que podem demorar 30 dias. Um inquérito foi instaurado nesta terça pela Divisão de Homicídios. Segundo a perita criminal Renata Gaeta, os laudos do IML dirão o horário aproximado e a causa da morte. A polícia ainda não sabe se Victor Hugo morreu afogado ou se teve o corpo jogado na raia após ser morto de outra forma e em outro local.

Chama a atenção da polícia o fato de o corpo ter aparecido na raia, lugar de acesso restrito. "É preciso uma carteirinha para entrar [na raia]. Estou há 40 anos aqui e nunca ouvi falar de ninguém que pulou a cerca e morreu afogado", disse o servidor da USP José Carlos Simon Farah. Um perito que viu o corpo também afirmou à reportagem que, numa análise preliminar, o cadáver não tinha sinais de afogamento.

Sem imagens

A USP informou que nas proximidades do velódromo não há câmeras. Além disso, segundo a delegada Sato, os equipamentos da universidade não fazem gravações. De acordo com a família de Victor Hugo, testemunhas disseram ter visto um rapaz parecido com ele apanhando de seguranças da festa. Essas pessoas, porém, ainda não foram ouvidas pela polícia. A empresa que fez a segurança, a C.O.S. Group, afirmou que havia no evento 140 vigilantes e que não houve briga – nem entre participantes nem com os seguranças.

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