O empresário Roberto Civita, diretor editorial e presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, foi cremado ontem no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Criador da revista Veja, Civita morreu domingo, aos 76 anos, de falência múltipla dos órgãos, após passar três meses no Hospital Sírio-Libanês.
Políticos, empresários, amigos e familiares foram prestar-lhe homenagens desde o fim da manhã, quando o corpo começou a ser velado. O empresário foi lembrado por sua luta pela liberdade de imprensa e pelos esforços para tentar melhorar a educação no país.
Condolências
A presidente Dilma Rousseff distribuiu nota de pesar pelo falecimento do empresário e lembrou que, "sob seu comando, a Editora Abril consolidou-se como uma referência".
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), um dos poucos políticos a acompanhar a cerimônia religiosa reservada à família e aos amigos mais próximos, afirmou que Civita "carregava a coragem e a democracia no seu DNA". "Espero que ele influencie gerações e gerações de brasileiros por esse apreço à democracia e à liberdade de expressão."
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) lembrou da morte do diretor do Grupo Estado, Ruy Mesquita, na semana passada. "São dois gigantes. Pessoas que têm dignidade, noção da importância da imprensa, responsabilidade", afirmou.
A dedicação de Civita à educação foi citada, também, pelo prefeito paulistano Fernando Haddad (PT). "Ele foi uma pessoa muito centrada na ideia de que a educação faria a diferença para o desenvolvimento nacional. Uma das características do Grupo Abril foi um compromisso de longa data com o setor educacional".
O velório continuou até por volta das 16h15, quando teve início uma cerimônia religiosa. Após a saída de amigos e familiares, o corpo foi cremado.
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